Os cinco maiores bancos brasileiros anunciaram nesta quinta-feira (21) a criação de uma GIC (gestora de inteligência de crédito) com o objetivo de formar um banco de dados para agregar informações cadastrais e de crédito de pessoas físicas e jurídicas.
Itaú Unibanco, Bradesco, Santander Brasil, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal terão, cada um, 20% do capital da GIC, que será estruturada como uma sociedade anônima, disseram os bancos em comunicados. A LexisNexis Risk Solutions, da Relx Group, será a parceira técnica das instituições financeiras para a criação da GIC, que ainda necessita da aprovação de órgãos reguladores.
A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) informa que, com autorização prévia dos clientes, as instituições de crédito repassarão dados cadastrais e de crédito de pessoas físicas e jurídicas à gestora de inteligência de crédito, que formará um perfil desses clientes. A ideia é que, no longo prazo, a criação da gestora proporcionará melhores condições na oferta e maior agilidade na liberação de operações de crédito com prazos e parcelas mais adequados à capacidade de pagamento e ao perfil de cada cliente.
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O presidente da Febraban, Murilo Portugal, explica que a gestora de inteligência de crédito abrirá oportunidades para desenvolver novas ferramentas que melhorem a eficácia das tomadas de decisões de crédito e de sua precificação, contribuindo também para a disseminação de boas práticas no mercado.
— No longo prazo, informações ampliadas e consolidadas provenientes da nova empresa favorecerão o crescimento do crédito em geral e beneficiarão toda a economia.
A expectativa da federação de bancos é a de que a gestora de inteligência de crédito e o consequente aperfeiçoamento da análise e gestão do crédito contribuam para a queda de spreads, da inadimplência e do superendividamento de clientes, o que trará benefícios para todos os consumidores. Com melhores condições de crédito, será possível ampliar o acesso da população às linhas de crédito disponíveis nas instituições financeiras.
A partir da assinatura do memorando de entendimento não vinculante entre os bancos, estima-se que a nova empresa levará cerca de quatro anos para realizar a estruturação tecnológica e geração de dados que viabilizem a operação.