O saldo da balança comercial encerrou 2021 com superávit recorde de US$ 61 bilhões em 2021, e crescimento de 21,1% em relação a 2020, superando o recorde de US$ 56 bilhões de 2017. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (3) pelo Ministério da Economia.
A avaliação é que o resultado foi decorrente da forte recuperação mundial em 2021, por causa do aumento da vacinação e de programas de estímulo em países com espaço fiscal disponível.
"A rápida recuperação da demanda e severos gargalos de oferta pressionaram os preços de várias commodities e contribuíram para o crescimento da inflação mundial. Neste cenário de preços de commodities mais elevados, países como o Brasil tiveram suas exportações impulsionadas em nível recorde, com ganhos de bem-estar provenientes de aumento dos termos de troca", afirma relatório da Secretaria de Comércio Exterior.
No mês de dezembro de 2021, as exportações somaram US$ 24,366 bilhões e as importações, US$ 20,418 bilhões, com saldo positivo de US$ 3,948 bilhões e corrente de comércio de US$ 44,784 bilhões.
No ano, as exportações também bateram recorde de US$ 280,4 bilhões, alta de 34% em relação ao ano anterior, superando o recorde de US$ 253,7 bilhões de 2011.
Já as importações registraram US$ 219,4 bilhões, com 38,2% de crescimento sobre 2020 e o maior valor desde 2014 (US$ 230,8 bilhões). Foi o quinto maior valor para as importações. O maior valor importado foi o de 2013, de US$ 241,5 bilhões.
A corrente de comércio registrou recorde de US$ 499,8 bilhões, com crescimento de 35,8% em 2021 em relação ao ano anterior, e superou o recorde de US$ 481,6 bilhões de 2011.