Dia a dia do brasileiro interferem no resultado das contas do País
Estadão ConteúdoA economia brasileira encolheu 3,6% no ano passado, de acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça-feira (7). O PIB (Produto Interno Bruto) é um dos principais indicadores da economia de um País. Mas o que isso muda na sua vida?
O PIB representa a soma das riquezas geradas pelo conjunto dos diversos setores da cadeia produtiva, mas pouca gente sabe dizer o impacto que esse dado tem sobre o seu dia a dia. Resumidamente, é a soma do esforço de todos os agentes da economia, desde o plantio até a comercialização.
É calculado trimestralmente pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Quando aponta geração de riqueza inferior à observada no levantamento anterior significa retração econômica. A recessão técnica é observada quando o movimento de retração ocorre por dois trimestres consecutivos.
Em outras palavras, quanto maior a produção, mais fácil de distribuir essa riqueza — por isso, o PIB é tão importante. A renda circula e todos são beneficiados. Então, quanto maior o PIB, maior a quantidade de empregos, o giro de mercadoria e a variedade de produtos. Além disso, o país tem um posicionamento mundial melhor.
Para o cálculo do PIB, o IBGE só leva em consideração as atividades legalizadas. As informais não entram nas estatísticas da metodologia aplicada.
Os hábitos do brasileiro também interferem no resultado do PIB. Adiar a compra de uma geladeira ou de um carro, escolher a marca mais barata no supermercado e evitar comer fora, por exemplo, são hábitos que impactam diretamente no PIB. Isso porque o consumo de bens e serviços das famílias representa cerca de 60% do desempenho da economia.
Em momentos de crise como o atual, os brasileiros ficam menos confiantes para gastar. Além disso, existe a possibilidade de perder o emprego, de redução dos salários e inflação e juros altos dos empréstimos fazem com que as pessoas repensem suas compras. E isso trava a economia.