Após registrar cinco quedas seguidas, a confiança da indústria voltou a subir ao longo do mês de julho. Os dados do ICI (Índice de Confiança da Indústria), divulgados nesta segunda-feira (27), pela FGV (Fundação Getulio Vargas) mostra que o indicador avançou 1,5% no período, ao passar de 68,1 para 69,1 pontos.
A alta do ICI em julho atingiu sete dos 14 principais segmentos acompanhados pela pesquisa e foi determinada pela melhora das expectativas em relação aos meses seguintes, com melhora de 3,2%, após cinco quedas consecutivas, quando acumulou perdas de 23,6%.
Já o ISA (Índice da Situação Atual), ficou praticamente estável e apresentou um recuo de 0,1% em relação ao mês anterior, de 70,4 para 70,3 pontos.
Para Superintendente Adjunto para Ciclos Econômicos do IBRE (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV, a evolução do índice é mais facilmente analisada de forma desagregada “de acordo com o horizonte de tempo”.
— Em relação ao momento presente, a indústria continua avaliando de forma extremamente desfavorável o ambiente de negócios. No âmbito das expectativas, o avanço do IE é bem vindo, mas de magnitude ainda insuficiente para ser identificado como uma reversão de tendência.
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Na análise, a produção prevista para os próximos meses foi a que mais contribuiu para o avanço das expectativas dos empresários. De acordo com o índice, a proporção do número de empresas que pretende aumentar o nível de produção ao longo dos próximos três meses aumentou de 14,2% para 18,5%. A parcela dos que esperam diminuir a força de trabalho, por sua vez, caiu de 29% para 27% no mesmo período.
Por outro lado, a principal contribuição negativa para a manutenção da expectativa em relação ao período atual foi apontada pelo indicador que mede o equilíbrio do nível de estoques na indústria. A proporção de empresas que avaliam o nível de estoques atual como excessivo aumentou de 17,2% para 18,7% e a parcela de empresas que o consideram insuficiente diminuiu de 1,6% para 1,5%.