Os empresários do comércio brasileiro estão menos confiantes neste início de ano, de acordo com levantamento da FGV (Fundação Getulio Vargas) divulgado nesta sexta-feira (31). O Icom (Índice de Confiança do Comércio) iniciou 2014 abaixo do nível registrado no mesmo período do ano anterior, assim como ocorreu nos 11 meses anteriores.
Ainda assim, a fundação afirmou que o resultado deste mês pode ser considerado favorável, já que o índice médio do trimestre que terminou em janeiro ficou apenas 1,6% abaixo do mesmo período do ano anterior, o melhor resultado desde fevereiro do ano passado (-0,9%), na mesma base de comparação. Em dezembro de 2013, a variação interanual trimestral do índice havia sido de -3,0%.
Segundo a FGV, de forma geral, o resultado geral da pesquisa sinaliza um ritmo de atividade moderado para o setor ao início deste ano, sustentado por expectativas mais otimistas em relação aos meses seguintes.
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Porém, o desempenho de veículos, motos e peças segue desfavorável: as taxas de variação passaram de -4,7%, em dezembro, para -7,0%, em janeiro. Após dois meses de avanço, o segmento de material para construção também recuou em janeiro, com a variação interanual trimestral passando de -0,7% para -3,4%.
O aumento da confiança no atacado, segmento que representa cerca de 1/3 do total, foi o responsável pelo resultado. A variação trimestral do índice deste segmento passou de -5,0% para 0,2% entre dezembro de 2013 e janeiro de 2014.
O varejo tradicional teve uma queda menor, as taxas de variação passaram de -1,8% para -1,5% nos mesmos período e base de comparação. Por outro lado, o varejo ampliado teve taxas desfavoráveis, ao passarem de -1,9% para -2,6%, respectivamente.
Expectativa
As expectativas para os próximos meses foi o que ajudou o índice de confiança do comércio. A avaliação dos empresários desse setor em relação à situação atual passou de -6,4%, em dezembro, para -5,5% em janeiro.
Já o Índice de Expectativas do setor fechou com variação interanual trimestral em janeiro de 1,4%, uma melhora expressiva em relação aos -0,4% de dezembro.
Entre dezembro e janeiro, a análise desagregada dos dados mostra evolução favorável em oito dos 17 segmentos, considerando-se as comparações trimestrais.