A confiança empresarial recuou 5,6 pontos e termina março aos 85,5 pontos, menor nível desde julho de 2020, de acordo com dados divulgados nesta quarta-feira (31), pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Com o resultado, a média do primeiro trimestre de 2021 terminou 6,1 pontos abaixo da média do trimestre anterior. O superintendente de estatísticas do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), Aloisio Campelo Jr, aponta que o forte recuo é fruto da piora do quadro de pandemia do novo coronavírus no Brasil.
"Além da intensificação da tendência de desaceleração do nível de atividade que já se observava nos meses anteriores, houve um expressivo aumento do pessimismo em relação aos próximos meses, afetando as perspectivas de vendas e de contratações", observa Campelo.
O ICE (Índice de Confiança Empresarial) consolida os índices de confiança dos da Indústria, Serviços, Comércio e Construção, principais setores da economia. "A confiança do Comércio despencou, ficando abaixo da confiança de Serviços, que já estava muito baixa em fevereiro. A distância entre a confiança da Indústria, em queda mas ainda elevada, e a dos demais setores atingiu um recorde histórico em março", relata Campelo.
Pelo terceiro mês consecutivo, houve recuo tanto do índice que mede a percepção sobre o quadro atual quanto do índice que reflete as expectativas em relação aos próximos meses. O ISA-E (Índice de Situação Atual Empresarial) cedeu 4,6 pontos, para 88,8 pontos, e o IE-E (Índice de Expectativas) caiu 8,6 pontos, para 83,2 pontos.