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Conselhos da Peugeot e da Fiat Chrysler aprovam plano de fusão, dizem fontes

Economia|

Por Gianluca Semeraro e Giulio Piovaccari

MILÃO (Reuters) - Os conselhos da montadora francesa PSA, dona da Peugeot, e da Fiat Chrysler (FCA) nesta terça-feira aprovaram um acordo vinculativo para uma fusão de 50 bilhões de dólares, disseram fontes.

As montadoras anunciaram planos há semanas para uma parceria para criar a quarta maior montadora do mundo e remodelar a indústria global. Uma fusão pode ajudá-los a lidar com os grandes desafios do setor, incluindo a desaceleração global da demanda e a necessidade de desenvolver carros mais caros e limpos para atender às iminentes regras antipoluição.

Ambas as empresas se recusaram a comentar.

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Uma fonte próxima à FCA havia dito antes que as empresas poderiam anunciar formalmente o acordo na quarta-feira, seguida de teleconferência para explicar mais detalhes no final do dia.

A Dongfeng Motor, da China, que agora tem uma fatia de 12,2% na PSA, terá uma participação reduzida de cerca de 4,5% no grupo resultante da fusão, disseram duas fontes, o que pode ajudar a facilitar a aprovação regulatória.

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De acordo com o acordo aprovado pelo conselho da PSA na terça-feira, a unidade de robôs da FCA, Comau, permanecerá dentro do grupo combinado, em vez de ser desmembrada, como foi planejado originalmente em outubro, disseram as fontes.

O novo grupo avaliará como extrair valor da Comau.

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APOIO DA FAMÍLIA

Antes das reuniões, entidades representando a família Peugeot, Etablissements Peugeot Freres (EPF) e FFP, aprovaram por unanimidade um memorando de entendimento proposto para a fusão planejada, disse uma fonte familiar com a situação.

A FCA e a PSA devem finalizar um acordo até o final de 2020 para criar um grupo com 8,7 milhões de vendas anuais de veículos, disse uma fonte.

Isso colocaria o grupo no quarto lugar geral, atrás de Volkswagen, Toyota e da aliança Renault-Nissan. Há apenas seis meses, a FCA abandonou as negociações de fusão com a rival francesa da PSA, a Renault.

A FCA teria acesso às plataformas de veículos mais modernas da PSA, ajudando-a a cumprir regras rígidas de novas emissões, enquanto a PSA focada na Europa se beneficiaria dos negócios lucrativos da FCA nos EUA, apresentando marcas como Ram e Jeep.

Mas o acordo ainda pode enfrentar um escrutínio regulatório, enquanto governos em Roma, Paris e sindicatos provavelmente desconfiam de possíveis perdas de emprego de uma força de trabalho combinada de cerca de 400 mil pessoas.

Carlos Tavares, da PSA, será o executivo-chefe e John Elkann, da FCA - descendente da família Agnelli da Itália, que controla a FCA por meio de sua holding Exor - presidente do conselho da companhia combinada.

O grupo incluirá as marcas Fiat, Jeep, Dodge, Ram, Chrysler, Alfa Romeo, Maserati, Peugeot, DS, Opel e Vauxhall, permitindo atender mercados de massa e carros premium, bem como para caminhões e veículos comerciais leves.

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