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Empresários pedem mais crédito e investimentos em infraestrutura

Empresários pedem mais crédito e investimentos em infraestrutura

Contábeis|

A economia ganhou alguns incentivos na passagem de setembro para outubro. A inflação oficial, medida pelo IPCA, desacelerou 0,19%, chegando a 8,27%, e de certa maneira ajudou na decisão do Banco Central de reduzir a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, para 14% ao ano. 

Mas essas ainda são medidas muito tímidas para ajudar na reação da atividade econômica, de acordo com avaliação de lideranças empresariais que se reuniram nesta quinta-feira (27/10) na Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para debater a atual conjuntura.

Eles cobram medidas mais ousadas, que destravem o crédito e estimulem investimentos em infraestrutura.

Os diferentes setores da economia ainda acumulam resultados negativos. O varejo, pelos dados do IBGE, acumula, nos últimos 12 meses terminados em julho, queda nas vendas de 6,7%. E a expectativa do setor é de que a recuperação seja lenta. 

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A ACSP projeta para o final de 2016 uma leve melhora, com vendas acumulando queda de 6%. Essa mesma toada é projetada pelo menos até o primeiro trimestre de 2017, com o varejo chegando em março do ano que vem com recuo de 5,7%. 

O setor varejista avalia que somente com a recuperação do emprego, e a consequente recuperação da massa salarial, é que o setor ganhará fôlego. O problema é que ainda não há sinais de que o desemprego estancou, pelo contrário. 

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A indústria de eletroeletrônicos, por exemplo, perdeu 5 mil postos de trabalho entre agosto e setembro. Esse segmento, que em 2014 empregava 307 mil funcionários, hoje emprega 181 mil. 

Segundo um representante dos fabricantes de eletroeletrônicos que esteve na reunião da ACSP, 78% desse nicho de industriais têm expectativas negativas em relação ao futuro dos seus negócios.

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Mesmo o segmento supermercadista, que tem conseguido alguns resultados positivos, não deve ajudar muito na geração de empregos. Um levantamento desse segmento mostra que a expectativa de contratação para os meses de novembro e dezembro é de 5 mil trabalhadores. 

Em 2015, a expectativa, nessa mesma base de comparação, era de 6,2 mil funcionários. Em 2014, de 7,3 mil. 

Os supermercadistas projetam crescimento real zero para o faturamento deste ano, já descontando a inflação medida pelo IPCA. Segundo um representante desse segmento, a estagnação do faturamento reflete a queda do consumo. 

Ele diz que em 2015 os consumidores trocavam uma marca de preço maior por uma de preço menor. Já neste ano, as compras deixaram de ser feitas para alguns itens. 

Dentro do agronegócio foi destacada a recuperação do setor sucroalcooleiro, beneficiado, principalmente, pela cotação do açúcar no mercado internacional. 

A recuperação dessa indústria, que enfrentou dificuldades nos últimos anos, também tem ajudado a indústria de máquinas e implementos agrícolas, que se destacou dentro do setor industrial.

O setor sucroalcooleiro está aproveitando o bom momento para recuperar suas instalações. Porém, um empresário do segmento reclamou durante o encontro das dificuldades para se obter crédito rural. 

Segundo ele, os bancos estão muito seletivos. “Não há crise na agricultura, mas sem crédito e sem capital, não é possível aumentar as nossas margens”, disse.

Os industriais, em geral, também mostraram preocupação com relação à queda do dólar frente ao real. Segundo eles, se a moeda norte-americana bater os R$ 3, passa a ser mais interessante buscar componentes importados, mesmo pagando imposto de importação.

Fonte: Diário do Comércio-SP

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