Governo admite déficit de até R$ 159 bi para 2018
Getty ImagesAjudado pelo crescimento das receitas, o governo central registrou um saldo positivo primário de R$ 31,069 bilhões em janeiro, o melhor desempenho para o mês da série histórica, que teve início em 1997.
O resultado, que reúne as contas do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central, sucede o saldo negativo de R$ 21,029 bilhões de dezembro. Em janeiro de 2017, o resultado havia sido um superávit de R$ 18,005 bilhões.
Em 12 meses, o governo central apresenta um déficit de R$ 113,6 bilhões — equivalente a 1,69% do PIB. Para este ano, a meta fiscal admite um déficit de até R$ 159 bilhões nas contas do governo central.
As contas do Tesouro Nacional — incluindo o Banco Central — registraram um superávit primário de R$ 45,523 bilhões em janeiro. Em janeiro, o Banco Central teve um déficit de R$ 173 milhões. Já o resultado do INSS registrou no mês passado um déficit de R$ 14,454 bilhões, o pior resultado para o mês da série histórica, que tem início em 1997.
Receitas
O resultado de janeiro representa alta real de 10,7% nas receitas em relação a igual mês do ano passado. Já as despesas também cresceram acima da inflação, com alta de 1,6%.
O caixa do governo federal recebeu R$ 3,6 milhões em dividendos pagos pelas empresas estatais em janeiro, cifra 94,1% menor do que em igual mês do ano passado, já descontada a inflação.
Já as receitas com concessões totalizaram R$ 423,6 milhões em janeiro, alta real de 17,0% ante o primeiro mês de 2017.
Investimentos totais
Os investimentos do governo federal tiveram alta nominal de 24 2% em janeiro de 2018, para R$ 1,489 bilhão no primeiro mês de 2018. O maior volume, no entanto, veio de restos a pagar — despesas de anos anteriores que foram transferidas para o exercício deste ano —, que foram R$ 1,487 bilhão.
Os investimentos no PAC (Programa de Aceleração Econômica) somaram R$ 688 milhões em janeiro, queda real de 14,7% ante igual mês do ano passado.
Despesas executadas
As despesas do governo atingiram 7,39% do teto de gastos no primeiro mês do ano. Neste ano, as despesas sujeitas ao teto de gastos aprovado pela Emenda Constitucional 95 têm um limite de crescimento de 3%.
Diferentemente dos meses anteriores, o Tesouro Nacional não divulgou a taxa de crescimento dessas despesas em janeiro.