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CVM multa Eike Batista em R$536 milhões por insider trading com ações da OGX

Economia|

SÃO PAULO (Reuters) - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou nesta segunda-feira multas no valor total de 536,5 milhões de reais contra o empresário Eike Batista, por uso de informação privilegiada (insider trading) para negociar com ações da OGX Petróleo e Gás.

A decisão foi resultado de processo aberto pelo regulador do mercado de capitais em 2014, em meio à derrocada do império EBX constituído por Eike, do qual a OGX era seu principal ativo.

Uma das multas, de 440,8 milhões de reais, foi a punição por negociação de ações da OGX entre 24 de maio e 10 de junho de 2013, período no qual a CVM entendeu que Eike detinha informações relevantes não divulgadas ao mercado sobre a empresa.

Outra multa, esta de 95,7 milhões de reais, refere-se a negócios com ações da OGX e do estaleiro OSX no período entre 27 de agosto e 3 de setembro do mesmo ano, também tendo posse de informação relevante não divulgada ao mercado.

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Eike ainda foi proibido de exercer cargo de administrador de companhia aberta pelo prazo de sete anos, pela prática de manipulação de preços no mercado.

A CVM agravou as punições contra Eike porque levou em consideração o histórico de condenação do empresário em vários processos similares.

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Consultado, o advogado de Eike, Darwin Corrêa, afirmou que vai recorrer da decisão.

"A condenação foi manifestamente contrária à prova documental e testemunhal do processo", afirmou Corrêa em nota. "Ficou provado em laudos contábeis que as vendas de ações realizadas tiveram justa causa, sendo decorrentes do vencimento antecipado de contratos pré-existentes, que contavam com garantia de ações que acabaram parcialmente alienadas.

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Listada na bolsa paulista em junho de 2008, a OGX era o braço pré-operacional de petróleo e gás do grupo EBX, que reunia também empresas de energia, mineração, logística e construção de navios.

Após anos de projeções ousadas de Eike para produção de petróleo e gás, por volta de 2012 a OGX começou a desagradar investidores quando publicou os primeiros resultados decepcionantes de pesquisas exploratórias de petróleo.

Pressionada por dívidas, a empresa entrou em recuperação judicial e foi posteriormente deslistada.

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(Por Aluísio Alves e Rodrigo Viga Gaier)

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