Presidente da CVM, Leonardo Pereira, diz que não há nada que indique um movimento fora do padrão
Wikimedia CommonsA intensa volatilidade no mercado de capitais brasileiros em resposta às pesquisas eleitorais está sendo acompanhada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários), mas até o momento não há nada que indique movimentos fora do padrão, afirma o presidente da autarquia Leonardo Pereira.
Segundo Pereira, a CVM tem um sistema de acompanhamento "bastante eficiente" para identificar indícios de uso de informação privilegiada e manipulação de mercado no sobe e desce da bolsa.
— Qualquer movimento extraordinário, fora do natural, vai aparecer.
A pesquisa divulgada na última sexta-feira (26) apontando o crescimento da presidente Dilma Rousseff levou a uma queda expressiva do Ibovespa. As ações de estatais como Petrobras e Eletrobras têm sido as mais afetadas pela gangorra eleitoral. A palavra especulação já passou pelo discurso da presidente Dilma Rousseff, do ministro da Fazenda, Guido Mantega, e do presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
Eleições: o sobe e desce intenso da bolsa faz mercado ser para “peixe grande”
De acordo com Pereira, entretanto, não houve nenhuma discussão com a Fazenda acerca de mudanças na atuação da CVM em relação à divulgação de pesquisas.
— Há uma volatilidade muito grande, mas todas as outras eleições apresentaram movimentos semelhantes. É preciso levar em conta a combinação com outros fatores, como as mudanças esperadas na política monetária americana.
O xerife do mercado de capitais não descarta apurações preliminares, mas diz que não há qualquer processo administrativo sancionador aberto para apurar práticas não equitativas pela antecipação de resultados de intenção de voto até aqui.
— O sistema está sólido e levantando bandeiras amarelas.
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