Os depósitos nas cadernetas de poupança superaram os saques em R$ 2,3 bilhões em julho, informou o Banco Central nesta sexta-feira (4). Com o resultado, a poupança registrou três saldos positivos mensais consecutivos e teve o melhor julho desde 2014.
No mês passado, os depósitos totalizaram R$ 174,7 bilhões, enquanto as retiradas chegaram a R$ 172,4 bilhões. Essa grana toda aplicada na poupança — o saldo de R$ 2,3 bilhões — gerou nada menos que R$ 3,5 bilhões em rendimentos.
Em julho de 2016, as retiradas superaram os depósitos em R$ 1,1 bilhão.
Apesar dos resultados positivos nos últimos três meses, a poupança teve quatro saltos negativos nos primeiros quatro meses de 2017 e, por isso, acumula saldo negativo de R$ 9,9 bilhões no ano.
Poupança e seu bolso
O rendimento da poupança é de cerca de 8% ao ano, percentual que pode variar. Isso porque as cadernetas rendem 6,17% mais a variação da TR (Taxa Referencial). Por outro lado, os fundos de renda fixa rendem conforme a Selic (taxa básica de juros), atualmente em 9,25%.
A comodidade é o principal fator que tornou a poupança a mais tradicional forma de investir a grana no final do mês. Os especialistas, porém, advertem que, quanto maior a acessibilidade de determinado tipo de investimento, maiores as chances de ele render menos que outro que exige um pouco mais de tempo.
Para explicar essa ideia, ele faz alusão a supermercados: um estabelecimento pequeno próximo à residência da pessoa é mais prático, mas tende a ser mais caro do que um mercado maior, que fica mais distante. O mesmo se aplica com a poupança, comparada com o local de menor porte.