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Dólar à vista fecha em queda de 1,23%, a R$ 5,20 na venda

Patamar de encerramento é o mais baixo desde o dia 1º e reflete alívio de investidores com a redução do estouro do teto de gastos

Economia|

Dólar fechou a quarta-feira (7) em queda de 1,23%, cotado a R$ 5,20
Dólar fechou a quarta-feira (7) em queda de 1,23%, cotado a R$ 5,20 Dólar fechou a quarta-feira (7) em queda de 1,23%, cotado a R$ 5,20

O dólar teve forte queda frente ao real nesta quarta-feira (7), depois que investidores mostraram alívio com a redução do estouro do teto de gastos previsto na PEC (proposta de emenda à Constituição) da Transição, em dia de decisão de política monetária do Copom, do BC (Banco Central), e de fraqueza da moeda americana no exterior.

No mercado à vista, o dólar fechou em queda de 1,23%, a R$ 5,2065, patamar de encerramento mais baixo desde a última quinta-feira (1º), quando ficou em R$ 5,1979.

Na terça (6), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) garantiu vitória em seu primeiro teste no Congresso, ao ver aprovada, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, a PEC da Transição, que prevê uma expansão do teto de gastos em R$ 145 bilhões por dois anos, para o pagamento do Bolsa Família no valor de R$ 600.

No entanto, o resultado só foi possível após o novo governo aceitar reduzir em R$ 30 bilhões a previsão inicial, que era de uma ampliação no teto de gastos em R$ 175 bilhões.

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De maneira geral, a percepção no mercado é de que tal desenho da PEC, prevista para ser votada no plenário do Senado ainda nesta quarta, evitou o "pior dos cenários", o que ajudou a sustentar o real nesta sessão.

"A desidratação da PEC da Transição, esses R$ 30 bilhões a menos, isso gera um certo alívio nas expectativas", disse Lucas Carvalho, analista-chefe da Toro Investimentos. "Tinha um cenário e [o valor embutido na PEC] veio abaixo do previsto... Pode ser que ainda aconteçam mais desidratações nesse texto", completou.

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Apesar do alívio pontual, Carvalho ponderou que restam "n incertezas" no radar dos investidores, principalmente sobre qual será o arcabouço fiscal do Brasil sob Lula, sobre e quem será escolhido para comandar o Ministério da Fazenda.

O analista também disse que a fraqueza da divisa americana no exterior colaborou para a valorização do real. À tarde, o índice que compara o dólar a seis pares fortes cedia 0,4%.

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Entre os fatores por trás dessa queda, alguns agentes do mercado citaram otimismo diante do relaxamento de restrições sanitárias na China, enquanto outros apontaram a possibilidade de que temores crescentes de recessão forcem o banco central dos Estados Unidos a frear seu ciclo de aperto monetário.

Internamente, investidores devem ficar de olho na reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do BC, que se encerrará nesta quarta-feira após o fechamento dos mercados.

"A deterioração fiscal deve ganhar mais espaço nesta comunicação, mas sem alteração na taxa Selic, que permanecerá em 13,75%", avaliou o BTG Pactual, em relatório recente sobre previsões para o encontro do Copom.

No entanto, o BTG não descartou a possibilidade de a autarquia deixar a porta aberta para nova alta da taxa de juros oficial em fevereiro de 2023, "indicando piora no balanço de riscos domésticos e apresentando com maior clareza como a iminente deterioração fiscal pode impactar no ambiente macro", disse, no documento.

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