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Dólar abre a semana em alta e volta a valer R$ 3,20

Avanço da moeda foi guiado por cautela de investidores por metas fiscais maiores

Economia|

Na máxima de sessão, o dólar marcou R$ 3,2065
Na máxima de sessão, o dólar marcou R$ 3,2065 Na máxima de sessão, o dólar marcou R$ 3,2065

O dólar encerrou a segunda-feira (14) em alta e voltou ao patamar de R$ 3,20, com os investidores assumindo posições mais defensivas antes de o governo brasileiro anunciar novas e maiores metas fiscais para 2017 e 2018.

Na sessão, a moeda norte-americana avançou 0,88%, a R$ 3,202 na venda, no maior patamar desde 13 de julho (R$ 3,2082). Na máxima de sessão, a moeda norte-americana chegou a R$ 3,2065. O dólar futuro era negociado em alta de cerca de 0,1%.

"Esse aumento do déficit [primário] tira um pouco da credibilidade da equipe econômica", afirmou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello.

O governo deve anunciar meta de déficit primário de R$ 159 bilhões para 2017 e 2018, sem aumento de impostos, disse mais cedo uma importante fonte palaciana. Esse é praticamente o mesmo rombo obtido em 2016, buscando sinalizar que pelo menos a trajetória das contas públicas não vai piorar.

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O anúncio, que era aguardado para esta segunda-feira, foi adiado. Há, agora, expectativa de que saia na terça-feira. O governo quer assegurar que não haverá necessidade de revisão dos números depois de divulgados.

No mercado, havia temores de que o Brasil possa ser rebaixado mais uma vez pelas agências de classificação de risco por conta da situação fiscal, o que tenderia a espantar investidores estrangeiros.

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Para o diretor da agência de classificação de risco Fitch no Brasil, Rafael Guedes, no entanto, a piora na meta de déficit fiscal isoladamente não deve ser suficiente para uma mudança no rating soberano do País.

De todo o modo, a queda-de-braço foi intensa dentro do governo para tentar fechar as contas, com parte do Planalto alinhada com o Ministério do Planejamento no intuito de promover a mudança das metas, em meio ao cenário político mais delicado, com o presidente Michel Temer tendo de buscar apoio no Congresso Nacional para dar andamento às reformas, como a da Previdência.

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Mas o Ministério da Fazenda ainda preferia esperar mais para manter a mensagem de maior austeridade. Os investidores também trabalharam de olho no cenário externo nesta sessão, onde o dólar subia ante uma cesta de moedas.

Os juros futuros norte-americanos embutiam 41% de chances de alta de juros no encontro de dezembro do Federal Reserve. Nesta sessão, pela primeira vez desde março, surgiram apostas de corte de juros na curva, de 2%.

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