O dólar terminou a segunda-feira em alta ante o real, acompanhando a trajetória da divisa norte-americana frente a outras moedas de países emergentes no exterior.
O dólar avançou 0,17%, fechando o dia em R$ 3,2845 na venda — depois de marcar R$ 3,2970. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,15%.
Nesta semana, há expectativa pelo desfecho do encontro de política monetária do Federal Reserve, o banco central norte-americano.
"A dúvida ainda persiste na extensão do aperto (monetário nos EUA), dado os indicadores econômicos mais recentes", comentou o economista-chefe da gestora Infinity, Jason Vieira.
Por enquanto, o Fed prevê três altas de juros neste ano, com o mercado amplamente precificado de que a primeira acontecerá nesta quarta-feira (21). Mas o mercado quer pistas sobre se esse ritmo vai aumentar para quatro elevações, diante da atividade econômica sem pressão inflacionária do país.
O dólar caía ante uma cesta das principais moedas, mas subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rublo.
Recente pesquisa Reuters mostrou que o Fed elevará os juros nesta semana, disseram todos os 104 economistas ouvidos entre 5 e 13 de março, com mais três altas esperadas para este ano, impulsionadas pelo sólido mercado de trabalho.
Taxas mais altas na maior economia do mundo podem atrair recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira. Ou seja, recursos investidos por aqui sairiam do país e migrariam para a maior potência econômica do planeta, já que, com juros maior, o retorno dos investimentos também será maior.
O Banco Central brasileiro vendeu nesta sessão toda a oferta de até 14 mil swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda futura de dólares), para rolagem do vencimento de abril. Dessa forma, já rolou US$ 4,2 bilhões do total de US$ 9,029 bilhões.
Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.