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Dólar amplia alta e vai a R$ 3,75

Na máxima do dia, a moeda atingiu o maior nível desde 13 de dezembro de 2002

Economia|

Investidores estão preocupados com as contas públicas do Brasil e o risco de o País perder o selo internacional de bom pagador
Investidores estão preocupados com as contas públicas do Brasil e o risco de o País perder o selo internacional de bom pagador Investidores estão preocupados com as contas públicas do Brasil e o risco de o País perder o selo internacional de bom pagador

O dólar ampliava a alta a mais de 1,5%, batendo o patamar de R$ 3,75 nesta quarta-feira (2) pela primeira vez desde o fim de 2002, pressionado por preocupações com as contas públicas do Brasil e o risco de o País perder o selo internacional de bom pagador.

No início da tarde, às 14h, a divisa subiu 1,71%, cotada a R$ 3,7474.na venda, quarta alta consecutiva. Na máxima da sessão, a moeda norte-americana atingiu R$ 3,7571, maior nível intradia desde 13 de dezembro de 2002 (R$ 3,7750).

"Tanto na política quanto na economia, a situação está muito difícil. É provável que o dólar suba ainda mais", afirmou o superintendente de câmbio da corretora TOV, Reginaldo Siaca, que espera que a moeda norte-americana se aproxime de R$ 4 nas próximas semanas.

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Dólar caro favorece indústria, mas pressiona inflação

Na segunda-feira, o governo enviou ao Congresso proposta de Orçamento de 2016 prevendo gastos maiores do que receitas. Operadores entenderam que a decisão aumenta a chance de o Brasil perder seu grau de investimento nos próximos meses, o que pode provocar fuga de capitais do País.

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Essa perspectiva vem levando investidores a venderem ativos denominados em reais, pressionando o câmbio. Esse movimento resistia mesmo à queda do dólar em relação a outras moedas emergentes, um respiro após fortes altas recentes provocadas por preocupações com a desaceleração da economia chinesa.

A atuação do Banco Central também tem sido um foco importante para o mercado, que questiona se pode aumentar sua intervenção no câmbio para desacelerar o avanço da moeda norte-americana. Cotações mais altas tendem a pressionar a inflação ao encarecer importados.

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Real foi a moeda que mais perdeu valor em 2015

"A questão é que o BC não vai usar armas poderosas demais, como leilões [de dólares] no mercado à vista, porque aí a sinalização vai fazer o mercado testar a disposição dele [de intervir cada vez mais]", afirmou o operador de um importante banco nacional.

"Mas, por outro lado, os leilões de linha não têm grande impacto no mercado e ele já está rolando totalmente o lote de swaps", acrescentou.

Nesta manhã, o BC vendeu a oferta total de até 9.450 contratos de swap cambial tradicional, que equivalem à venda futura de dólares, para a rolagem do lote que vence no próximo mês. Ao todo, o BC já rolou US$ 915 milhões, ou cerca de 10% do total de US$ 9,458 bilhões e, se continuar neste ritmo, vai recolocar o todo o lote.

Na segunda-feira, o BC fez leilão de venda de até US$ 2,4 bilhões com compromisso de recompra, mas não anunciou outros até agora.

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