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Dólar amplia queda e vai a R$3,85 com cena externa favorável

Economia|

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar ampliou a queda para cerca de 1 por cento e voltou a 3,85 reais nesta terça-feira, após dados mistos sobre a economia dos Estados Unidos alimentarem o apetite por ativos de maior risco nos mercados globais.

Às 13:57, o dólar recuava 0,89 por cento, a 3,8518 reais na venda, após atingir 3,8346 reais na mínima da sessão. A moeda norte-americana também recuava contra moedas como os pesos chileno e mexicano, após números mistos sobre a economia chinesa alimentarem apostas em mais estímulos na segunda maior economia do mundo.

"O mercado externo ficou bastante favorável ao longo do dia. Os dados dos EUA deram um pouco mais de força a um clima de apetite por risco que já vinha desde cedo", disse o operador de uma corretora internacional, sob condição de anonimato.

A atividade na indústria nos EUA contraiu em novembro pela primeira vez em 36 meses, pressionada pela alta do dólar e por cortes de gastos no setor de energia, segundo dado do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês).

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Operadores afirmaram que a fraqueza no setor poderia servir de argumento para que o Federal Reserve, banco central norte-americano, espere um pouco mais antes de elevar os juros, o que favoreceria mercados emergentes.

No entanto, os volumes de negócios eram limitados e a volatilidade continuava alta, com investidores evitando fazer grandes operações antes de importantes eventos políticos no Brasil.

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"O mercado está bastante cauteloso em um cenário de forte volatilidade, esperando novas notícias vindas do Congresso", resumiu o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

O Conselho de Ética vota nesta tarde em caráter preliminar o processo contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), às 14h30, e que pode resultar na sua cassação. Novas denúncias contra ele alimentaram preocupações de que possa reagir apoiando a abertura de eventual processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff, aumentando ainda mais a incerteza política.

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Mais tarde, às 19h, o Congresso deve votar a nova meta de resultado fiscal do governo para 2015, após adiar a apreciação do tema na semana passada depois da prisão do ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS). Investidores temem que a turbulência política signifique que o governo enfrentará mais dificuldades para aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso.

Também contribuía para o alívio no mercado local a atuação do Banco Central, que realizará nesta tarde leilão de venda de até 500 milhões de dólares com compromisso de recompra. Segundo a assessoria de imprensa da autoridade monetária, a operação não tem como objetivo rolar contratos já existentes.

Além disso, deu início à rolagem dos swaps cambiais que vencem em janeiro, sinalizando que deve repor integralmente os contratos equivalentes a venda futura de dólares.

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(Por Bruno Federowski)

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