Dólar chegou a bater 3,458 na máxima do dia
Getty ImagesO dólar fechou a segunda-feira (23) em alta de mais de 1% e foi ao patamar de R$ 3,45, maior nível em quase um ano e meio, seguindo o movimento dos mercados externos em meio a temores de que a pressão inflacionária leve o banco central dos Estados Unidos a ser mais firme no aperto monetário.
Na sessão, a moeda norte-americana avançou 1,2%, a R$ 3,4528 na venda, depois de tocar a máxima de R$ 3,4538 no dia e no maior patamar de fechamento desde 2 de dezembro de 2016 (R$ 3,4726).
A alta foi guiada pelo temor de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa elevar os juros mais do que o esperado. Taxas elevadas na maior economia do mundo tendem a atrair recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.
"Isso [juros mais altos nos EUA] levaria a menos liquidez no mercado, o que puxa o dólar", afirmou o gestor de derivativos de uma corretora local.
O dólar também subia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano. Como pano de fundo, os investidores seguiram acompanhando o noticiário político interno, a poucos meses das eleições presidenciais de outubro.
O Banco Central vendeu todo o lote de 3.400 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 1,87 bilhão do total de US$ 2,565 bilhões que vence em maio.
Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.
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