Giro financeiro foi de US$ 1,6 bilhão (R$ 3,57 bilhões)
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A cotação do dólar caiu 0,35% no pregão desta terça-feira (29) e fechou a R$ 2,2331 na venda.
A divisa chegou a ficar cotada em R$ 2,2064 com sua menor procura após o anúncio da queda na intenção de voto da presidente Dilma Rousseff em pesquisa eleitoral da CNT (Confederação Nacional dos Transportes).
Segundo especialistas, o dólar é a moeda mais segura do mundo e por isso é mais procurado como investimento quando o mercado está inseguro em relação a economia de um país.
Dólar cai 0,78% nesta segunda e fecha em R$ 2,2254 na venda
A moeda ainda chegou a cair 1% pela manhã com as cotações mais baixas atraindo compradores em um pregão de volatilidade pela briga antes da formação da Ptax do mês, taxa de câmbio formulada pelo Banco Central.
Segundo dados da BM&FBovespa, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1,6 bilhão (R$ 3,57 bilhões).
Para o operador de câmbio de um dos principas bancos brasileiros, o fôlego da pesquisa não foi suficiente para fazer o dólar romper "novos patamares".
— E aí entraram importadores e o dólar recuperou-se bem rapidamente.
O levantamento em parecia com a empresa de pesquisas MDA também mostrou que a Dilma perdeu terreno na disputa à reeleição já que as intenções de voto de seus rivais Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB) cresceram.
Cotação
Analistas citam ainda o piso informal de R$ 2,20 como um dos fatores que atraiu compradores de volta ao mercado.
Para o diretor de câmbio da corretora Pioneer, João Medeiros, o mercado fica "arisco" quando o dólar chega perto deste limite mínimo.
— Vai ser necessário algo mais forte para fazer o dólar furar esse patamar.
Outros especialistas acreditam que o dólar mais barato desagradaria o Banco Central brasileiro pois, apesar de ajudar no combate a inflação, prejudica as exportações que rececem como pagamento uma moeda que vale menos. Essa interpretação ganhou força principalmente diante de sinais de que o BC não deve rolar todos os swaps (troca de regras de lucro em investimentos) cambiais, equivalentes a venda futura de dólares, que vencem na sexta-feira (2).
O BC não realizou esta sessão leilão de rolagem como também ocorreu nas duas últimas sessões. A autoridade monetária tem apenas um dia agora para rolar os contratos remanescentes, que equivalem a cerca de 25% do lote total.
A entidade monetária ainda deu continuidade às suas intervenções diárias, vendendo a oferta total de até 4 mil swaps, com volume equivalente a US$ 198,7 milhões (cerca de R$ 443,62 milhões). Foram 2 mil contratos para 1º de dezembro deste ano e 2 mil para 2 de março de 2015.
A retomada do apetite por risco nos mercados internacionais pela amanhã também ajudou a divisa dos EUA a recuar no pregão desta terça.
Analistas atribuíam o quadro externo mais positivo a uma série de fatores: a imposição de sanções mais leves do que o esperado dos Estados Unidos contra a Rússia, sinais de que a China vai acelerar suas reformas econômicas e expectativas de que indicadores econômicos norte-americanos a serem divulgados nesta semana venham positivos.
O dólar perdia força contra moedas como o peso mexicano e o rand sul-africano neste contexto.
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