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Dólar cai 0,51% e fecha a terça-feira cotado a R$ 3,23

Movimentação da moeda foi guiada por debate nos EUA e relatório sobra a inflação no Brasil

Economia|

Dólar variou entre R$ 3,21 e R$ 3,24 na sessão
Dólar variou entre R$ 3,21 e R$ 3,24 na sessão Dólar variou entre R$ 3,21 e R$ 3,24 na sessão

O dólar terminou a terça-feira (27) em queda ante o real, favorecido pela melhora de humor depois que a candidata democrata à Presidência dos Estados Unidos Hillary Clinton saiu vitoriosa do debate contra o rival republicano Donald Trump, na véspera, e após o Relatório de Inflação ter reforçado as apostas de corte de juros em outubro no Brasil.

O dólar recuou 0,51%, a R$ 3,2310 na venda. Na mínima, a moeda marcou R$ 3,2192 e, na máxima, R$ 3,2486. O dólar futuro cedia cerca de 0,3% esta tarde.

O recuo da moeda norte-americana ante o real, no entanto, chegou a perder pontualmente a força no final da manhã. O preço mais baixo atraiu importadores, que aproveitaram para adquirir moeda e pressionar a cotação.

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"Foi o importador que trouxe o dólar da mínima para o nível de R$ 3,24 no final da manhã, aproveitando os preços", comentou o diretor da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Pesquisa da emissora CNN após o confronto nos Estados Unidos constatou que Hillary se saiu melhor para 62% das pessoas consultadas. Apenas 27% consideraram que Trump foi o melhor no debate.

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O peso mexicano, por sua vez, se fortaleceu ante o dólar depois do debate, uma vez que Trump tem uma postura rígida em relação à imigração ilegal e propôs a construção de um muro ao longo da fronteira sul com o México.

Internamente, o Relatório Trimestral de Inflação também contribuiu para o recuo do dólar ante o real. O documento sinalizou que a inflação está convergindo para a meta de 4,5% e que o Banco Central, assim, pode fazer um corte na taxa Selic já no encontro de outubro.

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"O Relatório de Inflação, ao colocar a inflação dentro da meta, mostra que as condições estão melhores. Além do atrativo dos juros no Brasil, é preciso ter uma consolidação na economia [para atrair recursos]", comentou o analista de câmbio Gradual Investimentos, Marcos Jamelli.

Mesmo reduzindo a taxa básica do País, atualmente em 14,25% ao ano, o Brasil seguirá atrativo ao investidor estrangeiro.

"Mesmo o Relatório de Inflação reforçando as apostas de corte de juros, o Brasil deve atrair fluxo de recursos para a renda fixa — com investidores ainda aproveitando as taxas elevadas — e também para a Bolsa, já que país está se fortalecendo", comentou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer. "Além disso, a Turquia foi rebaixada pela Moody's e muitos investidores podem trocar de país, saindo de lá e vindo para cá."

No sábado, a agência de classificação de risco Moody's cortou a nota de crédito soberano da Turquia para o nível especulativo, citando preocupações sobre o Estado de direito após uma tentativa de golpe, os riscos de financiamento externo e a desaceleração da economia.

Apesar de o Federal Reserve — banco central norte-americano — ter sinalizado para um gradualismo de sua política de juros e o mercado preveja aumento da taxa por lá no encontro de dezembro, isso não é impeditivo para o Brasil manter sua atratividade junto ao investidor estrangeiro.

"À medida que o Brasil corta os juros e os Estados Unidos elevam, os spreads ficam apertados. Mas não é 0,5 ponto aqui ou 0,5 ponto lá que vai tirar a atratividade brasileira, que segue bem alta", comentou um operador-sênior de câmbio de uma corretora nacional.

O Banco Central vendeu hoje toda a oferta de 5.000 contratos de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares.

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