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Dólar cai a R$ 3,22 e acumula maior perda semanal em 7 meses

Queda de 0,45% desta sexta-feira levou o dólar a R$ 3,2213. Na semana, a moeda acumulou baixa de 2,45%, a maior desde julho de 2017

Economia|

Dólar oscilou entre R$ 3,20 e R$ 3,24 na sessão
Dólar oscilou entre R$ 3,20 e R$ 3,24 na sessão Dólar oscilou entre R$ 3,20 e R$ 3,24 na sessão

O dólar fechou em baixa nesta sexta-feira (16) ante o real com o cenário externo mais tranquilo e com maior busca por risco, levando a moeda norte-americana a fechar com a maior queda semanal em sete meses.

A cena política interna também seguiu no radar dos mercados, com a intervenção federal na segurança pública no Estado do Rio de Janeiro colocando em risco a votação da reforma da Previdência, que já era vista com muito ceticismo pelos investidores.

Na sessão, a moeda recuou 0,45%, a R$ 3,2213 na venda, depois de oscilar entre a mínima de R$ 3,2026 e a máxima de R$ 3,2486. O dólar futuro cedia 0,46%.

Na semana, o dólar acumulou baixa de 2,45% ante o real, maior recuo semanal desde o período encerrado em 14 de julho de 2017 (-2,88%).

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"O dólar está operando num patamar mais acomodado, depois de ter acalmado lá fora após o pessimismo da semana passada", afirmou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Ambiente externo

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Na semana passada, a moeda norte-americana chegou a saltar à casa de R$ 3,30 após dados econômicos mais fortes nos Estados Unidos alimentarem percepções de que o Federal Reserve, banco central do país, poderia elevar os juros num ritmo mais forte do que o esperado. Mas estes receios foram deixados de lado nesta semana.

Juros maiores tendem a atrair para a economia norte-americana recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

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No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas depois de ter atingido mais cedo o menor nível desde dezembro de 2014. Na semana, o índice caminhava para perder cerca de 2%, maior declínio desde fevereiro de 2016. O dólar cedia ante divisas de países emergentes, como a lira turca e o peso argentino.

O avanço do preço de commodities, como o petróleo, também favoreceu o recuo do dólar ante o real, citaram profissionais.

Impacto da intervenção

Internamente, os investidores também acompanharam as negociações sobre a votação da reforma da Previdência, agora afetada pela intervenção do governo na segurança pública do Rio de Janeiro uma vez que a Constituição veta emendas constitucionais na vigência de intervenção federal.

O governo batalhava para colocar a matéria em votação até o final deste mês, mas ainda não havia conseguido o apoio político mínimo.

"Pode não ter votação da Previdência, mas o mercado já não estava muito confiante que isso aconteceria", afirmou o diretor de operações da corretora Mirae, Pablo Spyer.

O presidente Michel Temer garantiu que a intervenção não afetará a reforma da Previdência. Ele disse que suspenderá a medida quando chegar o momento de votar o texto no Congresso.

Venda de dólares

O Banco Central vendeu integralmente a oferta de até 9.500 contratos de swap cambial tradicional — equivalentes à venda futura de dólares — para rolagem do vencimento de março. Desta forma, já rolou US$ 2,850 bilhões do total de US$ 6,154 bilhões que vencem no mês que vem.

Mantido esse volume diário até o final do mês e vendendo os lotes todos, rolará integralmente os swaps que vencem agora.

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