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Dólar cai e vai abaixo de R$ 3,40 após STF manter Renan no comando do Senado

Queda da moeda foi puxada por otimistas em relação à aprovação de medidas econômicas

Economia|

Dólar variou entre R$ 3,37 e R$ 3,41 na sessão
Dólar variou entre R$ 3,37 e R$ 3,41 na sessão Dólar variou entre R$ 3,37 e R$ 3,41 na sessão

O dólar fechou em queda e voltou abaixo de R$ 3,40 nesta quinta-feira (8), pela primeira vez em dezembro, com o mercado aliviado com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) na véspera de manter Renan Calheiros (PMDB-AL) na presidência do Senado Federal, o que deve facilitar a votação de medidas econômicas importantes para o governo do presidente Michel Temer.

O dólar recuou 0,62%, a R$ 3,3830 na venda, o menor patamar desde 22 de novembro (R$ 3,3565). Foi a quarta queda consecutiva, período no qual a moeda norte-americana cedeu 2,58%.

Na mínima da sessão, o dólar bateu em R$ 3,3705 e, na máxima, em R$ 3,4187. O dólar futuro operava em queda de cerca de 0,1% no final desta tarde.

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"Ficou patente na véspera que ia ter um acordo. Existe alguma precificação ainda da decisão do STF, mas o mercado já começa a olhar para a frente", comentou mais cedo o gestor do departamento de câmbio da corretora Gradual Investimentos, Hamilton Bernal.

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Na véspera, o mercado ficou animado com notícias de que estava sendo costurado um acordo para garantir Renan na presidência do Senado.

No início da noite passada, o STF decidiu, por seis votos a três, manter Renan à frente do Senado, mas tirá-lo da linha sucessória da Presidência da República, movimento que, na prática, tem poucos efeitos contra o senador, que na semana passada se tornou réu em uma ação penal sob acusação de peculato.

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Com isso, estava mantida a agenda de votações no Senado que prevê, na próxima terça-feira, a PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que limita o crescimento dos gastos públicos, importante medida do governo para tentar colocar a economia nos eixos.

No final da manhã, no entanto, o dólar chegou a subir sobre o real e bateu a máxima da sessão após o BCE (Banco Central Europeu) reduzir o programa de estímulos a 60 bilhões de euros por mês e o presidente da instituição, Mario Draghi, sinalizado avanço da economia.

"Draghi disse que a economia está voltando à vida, o que pode significar mais juros em algum momento, e que a deflação está fora de cogitação", comentou um operador de uma corretora local naquele momento.

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O BCE cortou inesperadamente suas compras de ativos para 60 bilhões de euros por mês, a partir de abril de 2017, dos atuais 80 bilhões de euros. O montante valerá até o final do próximo ano e, caso necessário, poderá ser elevado novamente.

Draghi disse, em entrevista coletiva, que há indicação de alguma recuperação global mais forte, que a inflação subirá mais em 2018 e em 2019 e que não há risco de deflação.

Com o movimento do BCE, deve haver menor liquidez global e sobrará menos recursos para países como o Brasil. No exterior, o dólar subia diante outras moedas de emergentes, como o peso mexicano e a lira turca.

Seguia no radar dos investidores a proximidade da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, na semana que vem, quando deve elevar os juros, como amplamente esperado em pesquisa Reuters. Os investidores, no entanto, vão buscar pistas sobre novos e/ou maiores aumentos após a eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, cuja política econômica pode ser inflacionária.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente a oferta de 15 mil swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, para rolagem dos contratos que vencem em janeiro.

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