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Dólar cai novamente, renova a mínima em mais de 1 ano e caminha para R$ 3,15

Moeda norte americana recuou 0,8% com expectativa de fluxo positivo e decisão do BC dos EUA

Economia|

Dólar acumulou queda de 2,28% nesta semana
Dólar acumulou queda de 2,28% nesta semana Dólar acumulou queda de 2,28% nesta semana

O dólar recuou em direção a R$ 3,15 e renovou a mínima de fechamento em mais de um ano nesta sexta-feira (5), reagindo à perspectiva de ingressos de recursos externos no Brasil e com investidores minimizando as chances de aumento de juros nos Estados Unidos mesmo após dados fortes sobre o emprego.

O dólar recuou 0,8%, a R$ 3,1691 na venda, menor nível no fechamento desde 16 de julho de 2015 (R$ 3,1582). A moeda norte-americana acumulou queda de 2,28% na semana, maior baixa semanal desde a última semana de junho (- 4,35%).

A divisa chegou a operar perto do zero a zero, a R$ 3,1999 na máxima desta sessão, mas voltou a ampliar as perdas após os preços do petróleo reduzirem a baixa. O dólar futuro perdia cerca 0,8% no fim desta tarde.

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"O mercado engrenou em um movimento de baixa [do dólar] e não quer soltar. Todas as casas estão vendo muito fluxo e parece que isso não vai passar tão cedo", disse o operador de um banco internacional, sob condição de anonimato.

Desde a sessão anterior, operadores vêm citando forte entrada de recursos, especialmente concentrada em operações corporativas. Diversas grandes empresas, incluindo Vale e Petrobras, levantaram recursos nos mercados externos nas últimas semanas.

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"Já se fala no mercado que o dólar pode buscar os R$ 3 em breve", afirmou o operador.

Mesmo dados mais fortes que o esperado sobre o mercado de trabalho nos EUA não foram suficientes para interromper a queda do dólar. A criação de vagas fora do setor agrícola nos EUA somou 255 mil no mês passado, contra expectativas de 180 mil em pesquisa da Reuters.

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Após a divulgação dos números, investidores elevaram suas apostas no mercado de juros futuros norte-americanos em aumento da taxa de juros neste ano, mas continuaram sendo minoritárias.

"[Os números] não são suficientes para mudar a avaliação de que os juros nos EUA só subirão, no mínimo, em dezembro", disse mais cedo o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

Muitos operadores acreditam que o Fed deve esperar sinais mais contundentes de aceleração da inflação nos Estados Unidos e o impacto da opção britânica pela saída da União Europeia para voltar a elevar os juros.

A demora para retomar o aperto monetário tende a ajudar ativos que oferecem rendimentos elevados, como os brasileiros.

Nesta manhã, o Banco Central vendeu novamente 10 mil swaps reversos, que equivalem à compra futura de dólares. O BC vem realizando essa operação praticamente todos os dias, mas mudou o horário do leilão desta sexta-feira.

Até a sessão passada, o leilão acontecia entre 9h30 e 9h40, com o resultado divulgado a partir das 9h50, uma hora antes do que o leilão deste pregão. O horário anterior coincidiria com a divulgação dos dados de emprego dos EUA.

Segundo sua assessoria de imprensa, "o BC avaliou que, para hoje, o horário do leilão de swaps é o mais adequado".

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