"O mercado está animado. A qualquer boa notícia que ouve, tenta buscar níveis ainda mais baixos (para o dólar)", disse o gerente de câmbio da corretora Tov, Celso Siqueira. "A dúvida é saber até onde isso chega".
O presidente do BCE, Mario Draghi, anunciou que a autoridade monetária planeja comprar 60 bilhões de euros por mês em títulos a partir de março e pelo menos até o fim de setembro de 2016.
Investidores já vinham se antecipando a essa decisão e reduzido as cotações do dólar nos últimos dias, uma vez que parte desses recursos tenderia a migrar para mercados emergentes, como o brasileiro, em busca de maiores ganhos financeiros.
Após o anúncio, o dólar passou a recuar em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano e disparou contra o euro. No Brasil, o alívio foi mais intenso, já que investidores aproveitavam o bom humor para testar patamares mais baixos, movimento que já vinha desde a abertura.
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"As condições favoráveis lá fora permitem que o mercado faça mais uma tentativa de furar de vez a barreira dos R$ 2,60", disse pela manhã o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
O apetite por ativos brasileiros já vinha elevado nas últimas semanas devido às medidas de maior rigor fiscal no país. Mas o dólar vinha enfrentando dificuldades para se firmar abaixo de R$ 2,60, patamar que têm atraído compradores, diante do quadro de inflação elevada e crescimento baixo no país.
Nesta manhã, o Banco Central deu continuidade às atuações diárias, vendendo a oferta total de até 2.000 swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 800 contratos para 1º de setembro e 1.200 para 1º de dezembro, com volume correspondente a US$ 98,4 milhões.
O BC fez ainda mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 2 de fevereiro, que equivalem a US$ 10,405 bilhões, vendendo a oferta total de até 10 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 71% do lote total.
Na noite passada, a autoridade monetária elevou a Selic em 0,50 ponto percentual, a 12,25%, sinalizando mais uma alta no curto prazo, mas sem indicar a magnitude.
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