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Dólar desaba e fecha a semana cotado a R$ 3,59

Recuo de 2,63% foi insuficiente para conter alta de 0,95% da moeda dos EUA na semana

Economia|

Tombo da moeda foi o maior desde 24 de setembro do ano passado
Tombo da moeda foi o maior desde 24 de setembro do ano passado Tombo da moeda foi o maior desde 24 de setembro do ano passado

O dólar fechou com a maior queda em seis meses e voltou abaixo dos R$ 3,60 nesta sexta-feira (8), reagindo a renovadas apostas no impeachment da presidente Dilma Rousseff e à recuperação dos mercados externos após um dia de forte aversão a risco.

O dólar recuou 2,63%, a R$ 3,5965 na venda, maior tombo desde que o BC (Banco Central) e o Tesouro Nacional atuaram conjuntamente para derrubar o câmbio em 24 de setembro (-3,73%). Mesmo assim, a moeda norte-americana terminou a semana com alta de 0,95%. O dólar futuro recuava cerca de 2,5%.

"O saldo das notícias sugere que a chance do impeachment cresceu", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.

Operadores citaram levantamentos apontando que um número maior de deputados estaria disposto a votar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff, perspectiva que tem sido associada à queda do dólar. Muitos operadores acreditam que eventual troca no governo poderia favorecer a entrada de capitais no País.

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Além disso, repercutiu bem no mercado a decisão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de se manifestar no STF (Supremo Tribunal Federal) contrário à posse do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como ministro-chefe da Casa Civil.

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"A reação dos mercados até ontem dava a entender que o cenário havia mudado radicalmente, mas isso não é verdade. O mercado corrigiu isso hoje, porque o cenário base ainda é o de impeachment", disse o operador de uma corretora internacional.

A consultoria de risco político Eurasia Group estima chance de 60% de Dilma sofrer impeachment neste mês.

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Nos mercados externos, o dólar também se enfraquecia contra as principais moedas emergentes conforme o pessimismo da sessão anterior perdia fôlego. O gatilho foi a recuperação dos preços do petróleo, que saltaram mais de 6 por cento diante de esperanças de congelamento na produção global.

"Os mercados vão terminar a semana com um tom mais positivo", escreveram analistas do Scotiabank em nota a clientes.

Mesmo o leilão de swap reverso, equivalente à compra futura de dólares, do BC não foi suficiente para tirar o dólar do território negativo. A autoridade monetária vendeu apenas 3.000 dos 11,5 mil contratos ofertados.

No fim da manhã, o BC também deu prosseguimento à rolagem dos swaps tradicionais, que equivalem a venda futura de dólares, a vencer no mês que vem.

Com a venda integral da oferta de 5.500 contratos, a autoridade monetária repôs ao todo o equivalente a US$ 1,609 bilhão, ou cerca de 15% do lote de maio, que equivale a US$ 10,385 bilhões.

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