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Dólar despenca e vai abaixo de R$ 3,40 pela 1ª vez em quase um ano

Nome de Ilan Goldfajn para o Banco Central e cenário externo influenciam

Economia|

Mercado está otimistas com novo presidente do Banco Central
Mercado está otimistas com novo presidente do Banco Central Mercado está otimistas com novo presidente do Banco Central

O dólar recuava mais de 1,5% e ia abaixo de R$ 3,40 pela primeira vez em quase um ano nesta quarta-feira (8), com operadores apostando que o Banco Central deve ser menos propenso a intervir no câmbio sob o comando de Ilan Goldfajn e acompanhando o ambiente externo favorável.

Às 14h15, o dólar recuava 1,86%, a R$ 3,384 na venda. A moeda norte-americana atingiu R$ 3,3745 na mínima da sessão, menor nível intradia desde 31 de julho de 2015 (R$ 3,3346). O dólar futuro perdia cerca de 1,5%.

"Muita gente no mercado via um piso nos R$ 3,50 as declarações do Ilan contrariaram essa tese", disse o operador da corretora Ativa Arlindo Sá. "Aí o real veio com tudo, embalado também pelo cenário externo positivo".

Ilan defendeu na véspera o "respeito ao regime de câmbio flutuante" em audiência no Senado e a declaração serviu de gatilho para o ajuste no mercado de câmbio. Sua indicação à presidência do BC foi na véspera pelo Senado.

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Sá disse que há espaço para o dólar recuar ainda mais, mas preferiu não precisar patamares. Esse movimento depende, porém, de trégua no cenário político, em meio a escândalos que vêm alimentando preocupações com a capacidade do governo de bancar medidas de austeridade no Congresso Nacional.

"Tem muita água para rolar ainda. O jogo só acaba quando termina", afirmou.

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Mesmo com o recuo recente da moeda dos EUA, o BC não voltou a atuar no mercado. É a sexta sessão consecutiva em que a autoridade monetária não intervém, sendo que não realiza leilão de swap reverso — equivalente a compra futura de dólares — desde 18 de maio.

Quando o dólar ia abaixo de R$ 3,50, o BC costumava entrar no mercado e, assim, reduzir o estoque de swaps cambiais tradicionais, equivalentes a venda futura de dólares. Muitos interpretavam o movimento como uma tentativa de não prejudicar as exportações.

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O recuo da moeda norte-americana nesta sessão também era motivado por operações automáticas de venda de dólares para limitar perdas ("stop-loss"), montadas por investidores que não acreditavam que o BC permitiria baixas tão fortes.

O cenário externo favorável também vem contribuindo para a queda do dólar. Nesta sessão, dados fortes sobre as importações da China favoreciam o desempenho de ativos ligados a commodities, como moedas emergentes, somando-se ao avanço dos preços do petróleo.

"O fluxo para emergentes continua assegurado", escreveu a equipe da corretora Lerosa Investimentos em relatório.

Além disso, vêm enfraquecendo as apostas em alta de juros nos Estados Unidos no curto prazo, após dados fracos sobre o mercado de trabalho norte-americano e declarações da chair do banco central norte-americano, Janet Yellen. Juros mais baixos nos EUA tendem a favorecer ativos emergentes, que oferecem retornos elevados.

O mercado brasileiro também reagia a expectativas de ingresso de capitais ligados à emissão de US$ 1,25 bilhão em bônus da Vale, na noite passada. A emissão, que marca o retorno mineradora ao mercado de dívida internacional após mais de três anos, foi feita por meio da subsidiária integral Vale Overseas.

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