O dólar fechou esta quinta-feira (2) praticamente estável ante o real, após ser cotado acima de R$ 3,78 durante o pregão de olho no mercado internacional com temores de uma guerra comercial entre Estados Unidos e China.
Na sessão, a moeda norte-americana recuou 0,06%, a R$ 3,7566 na venda, depois de ter batido a máxima de R$ 3,7828 no dia e R$ 3,7521 na mínima. O dólar futuro avançava cerca de 0,25% no final da tarde.
"Havia expectativa de diálogo mais acelerado [entre EUA e China] e tudo indica que isso não vem acontecendo. Está sendo muito lento e de forma não equilibrada", afirmou o analista da corretora Guide Rafael Passos ao justificar a valorização do dólar e sua influência sobre o real.
Internamente, a valorização do dólar ante o real perdeu força no final da manhã, com fluxo pontual de recursos, que acabou deixando a moeda com pequenas oscilações até o final do pregão.
"A cena política já vinha dando alguma resiliência ao mercado cambial", destacou o gerente de câmbio da corretora Fair, Mário Battistel.
O cenário político doméstico seguiu sendo monitorado de perto pelos investidores, com a proximidade do fim do prazo para as convenções partidárias que definirão os candidatos para a corrida presidencial.
O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4.800 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 480 milhões do total que vence em setembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá rolado o total que vence de US$ 5,255 bilhões.