Dólar acumulou alta de 0,41% na semana
Dado Ruvic/Illustration/ReutersO dólar terminou a sexta-feira (22) em queda ante o real, devolvendo parte da alta da véspera em sintonia com o comportamento da moeda no exterior após novas ameaças norte-coreanas aumentarem as tensões com os Estados Unidos.
Nesta sessão, a moeda norte-americana recuou 0,53%, a R$ 3,1276 na venda. Na semana acumulou elevação de 0,41%. Na mínima do dia, o dólar marcou R$ 3,1228 e, na máxima, R$ 3,1383. O dólar futuro tinha baixa de cerca de 0,4% no fechamento da sessão.
"Mais uma vez, os investidores seguem com sangue frio no que tange o tema, dado que já foram diversos os episódios de cautela sem consequências efetivas", afirmou a corretora H.Commcor sobre o assunto.
A Coreia do Norte disse nesta sexta-feira que pode testar uma bomba de hidrogênio sobre o oceano Pacífico, depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou destruir o recluso país, e o líder norte-coreano, Kim Jong Un, prometeu fazer com que Trump pague caro por suas ameaças.
O dólar recuava ante uma cesta de moedas e, principalmente, ante o iene, em meio à aversão ao risco dos investidores, ampliada pelo rebaixamento da China pela S&P.
A moeda também cedia ante divisas de países emergentes, como o peso mexicano, a lira turca e o rand sul-africano.
Internamente, os investidores seguiram monitorando o cenário político local, com o encaminhamento da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer à Câmara dos Deputados, diante da possibilidade de atrasar o andamento das reformas.
"Isso pode fazer o dólar testar novamente os R$ 3,15, uma vez que a votação da denúncia deve atrasar ainda mais a apreciação da reforma da Previdência", avaliou o gerente de tesouraria do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.
Pela manhã, o BC vendeu integralmente a oferta de até 12 mil contratos de swap cambial tradicional — equivalentes à venda futura de dólares — no leilão para rolagem do vencimento de outubro. Desta forma, até agora já foram rolados US$ 3,6 bilhões do total de US$ 9,975 bilhões que vence no mês que vem.