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Dólar fecha em alta frente ao real pela 3ª sessão com mau humor global

Economia|

Por Bruno Federowski

SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou com alta de mais de 1 por cento frente ao real nesta quinta-feira, terceiro dia seguido de avanço, reagindo ao ambiente de aversão a risco nos mercados globais diante de persistentes preocupações com a saúde da economia mundial e nova queda dos preços do petróleo.

O dólar avançou 1,22 por cento, a 3,9837 reais na venda, acumulando ganhos de 2,30 por cento em três pregões.

"Há medo de que a economia mundial volte a atravessar um período de fraqueza prolongado, o que faz o mercado se proteger no dólar", disse o diretor de câmbio do Banco Paulista, Tarcísio Rodrigues.

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Ele citou ainda a queda dos preços do petróleo nesta sessão, em meio à sobreoferta global e expectativas de fraqueza na demanda devido à desaceleração da economia mundial. O óleo vem oscilando próximo das mínimas em 12 anos nas últimas semanas, reduzindo a demanda por moedas ligadas a commodities, como o real.

A chair do Federal Reserve, Janet Yellen, reconheceu em audiência no Senado norte-americano que as turbulências financeiras globais vêm sendo mais fortes que o esperado, mas salientou pontos positivos na recuperação dos EUA. A declaração sustentou o avanço do dólar, reforçando a percepção de fragilidade da situação econômica global.

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"Se o Fed está surpreso com essa volatilidade (nos mercados globais), o mercado tem motivo para ficar ainda mais cauteloso", disse o operador de uma corretora nacional, ressaltando que essas preocupações predominaram sobre a perspectiva de que o Fed demore para aumentar os juros nesse contexto.

O dólar avançava mais de 2 por cento em relação ao peso mexicano e atingiu nova máxima histórica, mesmo após o banco central do país vender 400 milhões de dólares em dois leilões.

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No cenário local, investidores continuaram preocupados com as perspectivas para a economia brasileira e a política fiscal.

"Investidores seguem céticos com relação ao ajuste necessário, e as propostas em discussão não parecem gerar maior confiança", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.

Nesta manhã, o Banco Central promoveu mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em março, vendendo a oferta total de 11,9 mil contratos. Ao todo, a autoridade monetária já rolou 3,487 bilhões de dólares, ou cerca de 34 por cento do lote total, que equivale a 10,118 bilhões de dólares.

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