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Dólar fecha em queda de 2% e vai a R$3,23, menor valor desde julho de 2015

Moeda norte-americana já havia recuado 2,61% na véspera diante da recuperação global

Economia|

O dólar caiu 2% e fechou na casa de R$ 3,23 pela primeira vez em quase um ano nesta quarta-feira (29), reagindo ao ambiente externo favorável e à ausência do Banco Central do mercado de câmbio mesmo diante do tombo recente da moeda norte-americana.

O dólar recuou 2,09%, a R$ 3,2370 na venda, menor nível de fechamento desde 22 de julho de 2015 (R$ 3,2257). Na mínima do dia, a moeda norte-americana chegou a R$ 3,2285.

A moeda norte-americana já havia recuado 2,61% na terça-feira (28) diante da recuperação dos mercados globais, acumulando queda de 4,64% em duas sessões.

"O dólar engrenou em um movimento de baixa, tanto aqui quanto lá fora, e parece que o BC não tem objeções a isso", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

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O apetite por ativos mais arriscados que varreu os mercados globais na sessão passada continuou forte nesta quarta, com investidores recebendo bem a perspectiva de que bancos centrais globais podem reagir a eventuais turbulências financeiras com mais estímulos após o referendo britânico.

O dólar cortou em mais da metade a alta registrada frente ao peso mexicano desde que o Reino Unido decidiu deixar a União Europeia na quinta-feira passada. De lá para cá, chegou a acumular alta de 7% mas, nesta sessão, a valorização no período havia caído para cerca de 1,5%.

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A queda intensa da moeda norte-americana frente ao real pegou de surpresa muitos operadores e levou alguns analistas a reverem suas projeções, embora poucos acreditem que o dólar deva recuar muito além dos R$ 3,20.

A equipe de estratégia do banco BNP Paribas passou a estimar o dólar a R$ 3,20 no terceiro trimestre deste ano e R$ 3,25 no quarto trimestre, ganhando força para fechar o ano que vem a R$ 3,60. Até então, as projeções eram de R$ 3,75, R$ 3,80 e R$ 4,00, respectivamente.

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Operadores citaram ainda a percepção de que o BC brasileiro sob a batuta de Ilan Goldfajn deve ser menos propenso a intervir no mercado cambial, apesar de possíveis impactos negativos sobre as exportações do dólar mais fraco.

"Parece que o BC não quer gerar ruídos no mercado e isso ajuda a queda do dólar. Por sua vez, um dólar mais fraco facilita a ancoragem das expectativas de inflação", explicou o operador de um importante banco nacional.

O BC não faz leilão de swap reverso, que equivale a compra futura de dólares, desde 18 de maio. Este era o instrumento que o BC, quando era comandado por Alexandre Tombini, estava usando para segurar maiores quedas do dólar.

Na véspera, Ilan repetiu que a autoridade monetária pode reduzir sua exposição cambial quando e se for possível e que poderá usar todas as ferramentas com parcimônia no câmbio.

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