O dólar encerrou a terça-feira (24) praticamente estável sobre o real, após recuar nos três pregões passados, de olho no comportamento da moeda norte-americana no exterior.
Na sessão, a moeda norte-americana avançou 0,09%, a R$ 3,1715 na venda, após acumular queda de 1,56 por cento nas três sessões anteriores. Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou R$ 3,1592 e, na máxima, R$ 3,1759. O dólar futuro subia cerca de 0,2% no final da tarde.
"O mercado está indefinido. Chegou num patamar em que aguarda novidades que justifiquem tomar uma posição", argumentou o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.
No exterior, o dólar tinha leve alta ante uma cesta de moedas, mas seguia perto dos seus níveis mais baixos desde dezembro, pressionado pelas preocupações que o presidente de Estados Unidos, Donald Trump, está focando mais no protecionismo e menos nas políticas econômicas para incentivar o crescimento.
Por outro lado, o dólar exibia queda ante algumas divisas de países emergentes, como o peso chileno e o rand sul-africano.
Internamente, o patamar de R$ 3,15 acabou se tornando um suporte informal do mercado. Na véspera, o dólar chegou a ser negociado neste nível, mas acabou atraindo compras e fechou o dia longe das mínimas.
"Nesse patamar, acaba havendo defesa, entrando compras. É preciso uma notícia relevante para o dólar furar o nível de R$ 3,15", comentou um profissional da mesa de câmbio de uma corretora doméstica.
Os leilões de swap cambial tradicional — equivalente à venda futura de dólares — pelo Banco Central embutiu viés de baixa ao dólar.
"A atuação do BC nos últimos dias deu liquidez para o mercado e contribuiu para o viés de baixa", avaliou o gerente de câmbio da corretora Treviso, Reginaldo Galhardo.
O BC vendeu nesta sessão o lote integral de 15 mil swaps tradicionais para rolar os contratos que vencem em fevereiro.
Com este leilão, o BC já vendeu o equivalente a US$ 4,2 bilhões para rolar o total de 6,431 bilhões de dólares que vence em fevereiro.