Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 1,42% e terminou a semana em queda, após seis altas semanais consecutivas
BBC/GettyO dólar operava perto da estabilidade sobre o real, após ser negociado em queda mais acentuada no início dos negócios nesta segunda-feira (5), com incertezas políticas e econômicas no Brasil parcialmente ofuscando a perspectiva de que os juros norte-americanos devem subir apenas no ano que vem.
Às 10h39, o dólar recuava 0,07%, a R$ 3,9429 na venda. Na sexta-feira, a moeda norte-americana recuou 1,42% e terminou a semana em queda, após seis altas semanais consecutivas.
"Temos um cenário muito difícil aqui, com a questão do TCU [Tribunal de Contas da União] e os vetos presidenciais. Nesse cenário, o exterior é secundário", disse o operador de uma corretora nacional, referindo-se à análise pelo tribunal das contas públicas do governo de 2014, que pode abrir espaço para o impeachment da presidente Dilma Rousseff, e a votação no Congresso de vetos presidenciais com impacto sobre as finanças do governo.
O julgamento do TCU está marcado para quarta-feira (7). O governo federal vai questionar a isenção do relator do processo, ministro Augusto Nardes, por considerar que ele desrespeitou as regras da magistratura ao adiantar seu posicionamento sobre o caso em entrevistas a órgãos de imprensa.
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As preocupações internas levavam o real a se descolar de seus pares, que seguiam reagindo aos dados fracos de emprego nos Estados Unidos divulgados na semana passada. Na mínima do dia, a moeda norte-americana caiu mais de 1% e foi a R$ 3,9019, acompanhando o movimento em relação a moedas como os pesos chileno e mexicano.
Os empregadores nos EUA reduziram as contratações nos últimos dois meses e os salários caíram em setembro. Os números levaram o dólar a enfraquecer em relação às principais moedas emergentes, uma vez que a manutenção dos juros quase zerados na maior economia do mundo sustenta a atratividade de ativos de países em desenvolvimento.
"(Os mercados seguem) embalados pelos fracos números do mercado de trabalho norte-americano, divulgados na última sexta-feira, que aumentam as chances de o Fed não subir juros neste ano", disse o operador da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa, referindo-se ao Federal Reserve, banco central norte-americano.
O Banco Central brasileiro dará continuidade nesta manhã à rolagem dos swaps cambiais que vencem em novembro, com oferta de até 10.275 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.
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