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Dólar salta 1% e volta a valer R$ 3,28 na abertura da semana

Alta da moeda foi puxada por cautela sobre agenda econômica

Economia|

Dólar oscilou entre R$ 3,23 e R$ 3,28 na sessão
Dólar oscilou entre R$ 3,23 e R$ 3,28 na sessão Dólar oscilou entre R$ 3,23 e R$ 3,28 na sessão

O dólar encerrou em alta de pouco mais de 1% nesta segunda-feira (30), voltando ao patamar de R$ 3,28 após marcar a maior valorização semanal em quase cinco meses, com cautela sobre o avanço de medidas econômicas no Congresso Nacional em meio a incertezas políticas.

Também esteve no radar a escolha do próximo presidente do banco central dos Estados Unidos, o que deve ocorrer nesta semana ainda. A briga pela formação da Ptax ajudou a pressionar a moeda norte-americana.

Nesta sessão, a moeda norte-americana avançou 1,17%, a R$ 3,2819 na venda, após alcançar R$ 3,2851 na máxima do dia e R$ 3,2352 na mínima. O dólar futuro era negociado com alta de cerca de 0,5% no final da tarde.

Na semana passada, a moeda norte-americana acumulou valorização de 1,7%, maior alta semanal frente ao real desde meados de maio, quando veio à tona a delação de executivos da JBS, que atingiu em cheio o governo do presidente Michel Temer.

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"Eu continuo muito pessimista quanto à aprovação da reforma da Previdência, pois como os dados econômicos estão melhorando, os políticos estão querendo adiar essa decisão para não se desgastar", afirmou o diretor da Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

Permaneceu no ar o ceticismo do mercado sobre a capacidade de o presidente Michel Temer dar continuidade à agenda econômica, em especial a reforma da Previdência, considerada essencial para colocar a contas públicas do país em ordem.

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Os temores com a cena política cresceram depois que a Câmara dos Deputados rejeitou a segunda denúncia contra Temer, uma vez que o placar abaixo do esperado pelo governo indicou que o Planalto deve encontrar dificuldades para tocar sua agenda dentro do Congresso.

No exterior, os mercados respiravam um pouco mais aliviados com notícias sobre a provável sucessão do Federal Reserve, o banco central norte-americano.

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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deverá indicar o diretor do Fed Jerome Powell como próximo chair, no lugar de Janet Yellen, cujo mandato acaba em fevereiro, disse uma fonte à Reuters.

Por Powell ser menos conservador, investidores reduziram os temores de mais altas de juros no país. Taxas mais elevadas nos EUA tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

O dólar recuava cerca de 0,3% contra uma cesta de moedas, mas ainda perto da máxima de três meses atingida no pregão passado. Sobre outras divisas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano, o dólar também subia.

A moeda norte-americana ganhou força ante o real no meio da tarde pressionada pelo fechamento mensal da Ptax no dia seguinte, a taxa de câmbio feita pelo BC e usada como referência em diversos contratos.

"Isso é pré-Ptax. Naturalmente, já tinha uma posição de mercado mais comprada... e o mercado está puxando o dólar para uma Ptax mais alinhada com o que quer", disse o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

Neste mês, o BC ficou de fora do mercado de câmbio diante do fato de que não havia contratos de swaps cambiais vencendo em novembro para serem rolados. E também não há em dezembro, segundo dados do BC.

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