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Dólar sobe a R$ 3,76 e bate maior nível desde março de 2016

Alta de 0,8% da moeda norte-americana foi guiada pela demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras

Economia|

Dólar marcou R$ 3,77 na máxima do dia
Dólar marcou R$ 3,77 na máxima do dia Dólar marcou R$ 3,77 na máxima do dia

O dólar terminou a sexta-feira (1º) no maior nível desde março de 2016 com a demissão de Pedro Parente da presidência da Petrobras impondo desconfiança aos investidores sobre a condução da economia brasileira.

Na primeira sessão do mês, a moeda norte-americana avançou 0,8%, a R$ 3,7667 na venda, maior nível desde os R$ 3,7937 de 7 de março de 2016. Somente nesta semana, a divisa subiu 2,68%. 

Na máxima da sessão, a moeda foi a R$ 3,7711, justamente quando saiu a notícia de Pedro Parente deixar a gestão da principal estatal do País. O dólar futuro avançava 1,04%.

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"A demissão [de Parente] gera dúvidas sobre a continuidade das políticas ortodoxas do governo", afirmou o economista-sênior do Banco Haitong, Flávio Serrano.

Parente decidiu deixar o cargo em meio a discussões sobre a política de preços da petroleira. Por causa da greve dos caminhoneiros, a estatal havia concordado em reduzir a frequência dos reajustes do diesel por um determinado período contanto que a União pagasse pelas perdas causadas à empresa.

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Na abertura, a moeda subia ante o real, depois que dados mais fortes do mercado de trabalho norte-americano endossaram a força da economia do país e reforçaram as apostas de mais juros nos EUA neste ano.

Foram criadas 223 mil nos EUA vagas em maio, a taxa de desemprego ficou em 3,8% e houve avanço de 0,3% na renda média por hora. As expectativas em pesquisa da Reuters eram de abertura de 188 mil postos de trabalho, 3,9% de taxa de desemprego e 0,2% de avanço na renda.

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Os operadores seguem confiantes sobre os aumentos da taxa básica em junho e setembro e vêem cerca de 36% de chance de um aumento nos juros em dezembro, ante 32% antes do relatório. O Fed elevou a taxa uma vez este ano até o momento, em março. Os operadores também aumentaram as apostas de novos aumentos em 2019.

Além disso, havia alguma tensão com o recrudescimento de uma guerra comercial após os Estados Unidos anunciarem tarifas de importação sobre alumínio e aço do Canadá, México e União Europeia.

"Investir em risco no atual momento não parece ser a melhor decisão, afinal os cenários externo e interno não contribuem para essa ousadia, ainda mais em uma sexta-feira de emenda de feriado, o que reduz a liquidez dos mercados no Brasil", comentou mais cedo a Advanced Corretora em relatório. 

No exterior, o dólar subia ante a cesta de moedas, e operava misto ante as moedas emergentes.

Internamente, o Banco Central manteve atuação no mercado de câmbio, vendendo 15 mil novos contratos de swap cambial tradicional, equivalente à venda futura de dólares, totalizando US$ 750 milhões. Em maio, o BC vendeu US$ 7,250 bilhões em novos contratos.

Também vendeu integralmente a oferta de até 8.800 contratos de swap cambial tradicional, rolando US$ 440 milhões do total de US$ 8,762 bilhões que vence em julho.

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