O dólar subiu e terminou a sexta-feira (20) no nível de R$ 3,41, acompanhando a trajetória da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior em dia de agenda esvaziada, e com os investidores de olho no noticiário político local.
Na última sessão da semana, a moeda norte-americana avançou 0,6%, a R$ 3,4117 na venda, mas acumulando queda de 0,42% na semana. Na mínima, foi a R$ 3,3933 e, na máxima, marcou R$ 3,4193. O dólar futuro tinha alta de cerca de 0,8%.
"O dólar está mais forte no mundo e, aqui, estamos trabalhando totalmente voltados para o exterior", afirmou o analista econômico da gestora Rio Gestão, Bernard Gonin.
No exterior, o dólar subiu para a máxima em duas semanas ante a cesta de moedas com o avanço dos rendimentos dos Treasuries. Destaque para a fraqueza do euro antes da reunião do BCE (Banco Central Europeu) na próxima semana, quando as autoridades devem sinalizar que não haverá mudanças na política monetária.
O dólar também operava em alta ante moedas de países emergentes e exportadores de commodities por conta da queda nos preços do petróleo e de commodities metálicas, como o dólar australiano, o rand sul-africano e a lira turca.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) nesta sexta-feira por cortes de produção que ajudaram a elevar os preços da commodity e disse que essa ação não será tolerada. Após o tuíte do presidente dos EUA, o petróleo Brent e o WTI passaram a cair.
Internamente, o mercado seguiu monitorando o noticiário sobre o cenário político e articulações para o pleito de outubro.
O Banco Central vendeu todo o lote de 3.400 swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando US$ 1,7 bilhão do total de US$ 2,565 bilhões que vence em maio.
Se mantiver esse volume diário e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.