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Dólar sobe quase 3%, reverte perdas e fecha janeiro valendo R$ 2,68

Moeda norte-americana foi influenciada pelas declarações do ministro da Fazenda

Economia|

Em janeiro, o dólar acumulou alta de 1,15%
Em janeiro, o dólar acumulou alta de 1,15% Em janeiro, o dólar acumulou alta de 1,15%

O dólar fechou com a maior alta desde setembro de 2011 nesta sexta-feira (30), aproximando-se R$ 2,70 e anulando completamente as perdas vistas em janeiro para encerrar o mês com avanço, em reação a declarações do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, indicando que não há intenção do governo de manter a moeda brasileira valorizada artificialmente.

O dólar avançou 2,96%, a R$ 2,6894 na venda, após chegar a R$ 2,6919 na máxima da sessão (+ 3,06%). Em janeiro, a divisa acumulou alta de 1,15%.

Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de US$ 1 bilhão.

O movimento desta sessão também refletiu o crescimento decepcionante dos Estados Unidos no quarto trimestre e fluxos de saída de investidores estrangeiros, após a agência de classificação de risco Moody's rebaixar os ratings da Petrobras.

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Levy sugeriu em palestra a empresários e investidores nesta manhã que ainda via o câmbio atual como sobrevalorizado e que não há intenção de manter o real valorizado artificialmente. Mais tarde, a assessoria de imprensa do ministro procurou a imprensa para afirmar que o ministro estava falando sobre o câmbio no mundo.

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"O governo está revertendo medidas de intervenção em vários campos. Se o Levy menciona o dólar, dá a entender que o governo também vai ser mais passivo em relação ao câmbio", disse mais cedo o gerente de câmbio da corretora BGC Liquidez, Francisco Carvalho.

O BC vem atuando diariamente no câmbio desde agosto de 2013 para limitar a volatilidade e oferecer proteção cambial. Na avaliação de alguns analistas, a intervenção gerou distorções na taxa de câmbio, com economistas do Bank of America Merrill Lynch estimando o "valor justo" do dólar em R$ 3,1 em relatório divulgado nesta manhã.

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A autoridade monetária reduziu o ímpeto das intervenções duas vezes, a mais recente no fim do ano passado. Sob o atual formato, o programa durará pelo menos até 31 de março com ofertas de 2.000 swaps cambiais, que equivalem à venda futura de dólares.

Segundo analistas, apesar das declarações de Levy, o dólar deve se assentar na próxima semana, uma vez que a perspectiva de liquidez abundante nos mercados globais e rigor fiscal no Brasil ainda pintam um quadro favorável ao real no curto prazo.

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"Mas, agora, o mercado está com a pulga atrás da orelha. O assunto dos swaps voltou à pauta", disse o especialista em câmbio da corretora Icap, Italo Abucater.

Nesta manhã, o BC vendeu integralmente a ração diária, colocando o equivalente a US$ 99 milhões em swaps. Todos os contratos vendidos vencem em 1º de setembro. A autoridade monetária também ofertou contratos para 1º de dezembro, mas não vendeu nenhum.

Mas a autoridade monetária ainda não anunciou o início da rolagem de swaps que vencem em 2 de março, que equivalem a US$ 10,438 bilhões. O BC vem fazendo rolagens praticamente integrais nos últimos quatro meses.

"Não bastassem as declarações do Levy e a questão da Petrobras, o humor azedou bastante lá fora depois que o crescimento dos Estados Unidos veio abaixo do esperado", disse o economista da 4Cast Pedro Tuesta.

A economia norte-americana desacelerou com força no quarto trimestre de 2014, crescendo 2,6%, em ritmo anualizado, no período. Economistas consultados em pesquisa da Reuters esperavam expansão de 3%.

O dólar avançou desde o início dos negócios, após a Moody's rebaixar todos os ratings da Petrobras na noite de quinta-feira, mantendo-os em revisão para rebaixamento adicional, o que pode afugentar investidores estrangeiros.

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