O dólar fechou em leve alta ante o real nesta sexta-feira (19), acompanhando o movimento no exterior, onde outras moedas emergentes também perderam força frente à divisa norte-americana, em uma semana de muita volatilidade causada por incertezas no cenário externo.
A divisa dos Estados Unidos subiu 0,09%, a R$ 2,6574 na venda, após encerrar todas as sessões desta semana em alta ou baixa de mais de 1%. Na semana, o dólar acumulou alta de 0,23%.
"No fim de ano, o mercado esvazia e fica flutuando de um lado para o outro. Ainda assim, claramente o dia hoje está bastante tranquilo", disse o gerente de operações do Banco Confidence, Felipe Pellegrini.
Mais cedo, o dólar operou em leve queda, com a recuperação do rublo russo melhorando o humor dos investidores internacionais.
"É um cenário muito volátil", disse o economista da Tendências Consultoria Silvio Campos Neto, acrescentando que a alta vista na segunda metade da sessão acompanhou a tendência de fora, "com as outras moedas também perdendo força".
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No início da semana, a derrocada do rublo e a contínua queda dos preços do petróleo --sintoma de fraqueza na recuperação global e de excesso de oferta da commodity-- impulsionaram a moeda norte-americana ante o real.
Mas a aversão global a ativos de risco se reverteu após o Federal Reserve, banco central norte-americano, mostrar otimismo sobre a economia dos EUA e afirmar que será "paciente" na elevação dos juros. A recuperação do rublo também melhorou o humor do mercado nesta sessão, após o governo da Rússia informar que está vendendo dólares das reservas e que espera que exportadores tragam mais divisas estrangeiras ao País.
O rumo do câmbio brasileiro no curto prazo depende das medidas que serão adotadas pela nova equipe econômica para enfrentar o quadro de inflação alta e crescimento baixo no país.
Além disso, detalhes sobre a extensão do programa de intervenção cambial do Banco Central brasileiro serão cruciais para a cotação do dólar.
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O presidente do BC, Alexandre Tombini, já disse que o programa — que atualmente consiste em leilões diários de até 4.000 cambiais no valor equivalente a US$ 200 milhões — será estendido no ano que vem, mas poderá ser reduzido a até US$ 50 milhões por dia.
"O mercado se tranquilizaria bastante com um pacote de medidas crível. Dependendo do valor dos leilões, [o BC] pode tirar um pouco da força de semanas como essa, de turbulência", disse o operador de um importante banco nacional.
Nesta manhã, o BC vendeu a oferta diária total de até 4.000 swaps, com volume correspondente a US$ 195,5 milhões. Foram vendidos 500 contratos para 1º de setembro de 2015 e 3.500 para 1º de dezembro 2015.
O BC também vendeu a oferta integral de até 10 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 2 de janeiro, equivalentes a US$ 9,827 bilhões. Ao todo, a autoridade monetária já rolou cerca de 75% do lote total.
O BC realizou ainda dois leilões de venda de até US$ 2 bilhões com compromisso de recompra. A taxa de recompra da primeira operação, em 3 de fevereiro de 2015, ficou em R$ 2,676139 e a da segunda operação, em 2 de abril, foi de R$ 2,719959.
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