Na mínima da sessão, o dólar marcou R$ 3,18
Getty ImagesO dólar fechou com a maior alta em quase um mês e meio nesta sexta-feira (13) e voltou ao patamar de R$ 3,22, com investidores aproveitando os recentes preços atrativos para recompor um pouco de carteira.
No fechamento da sessão, o dólar saltava 1,45%, a R$ 3,2216 na venda, maior avanço desde 1º de dezembro (+ 2,4%). Na mínima da sessão, a moeda marcou R$ 3,18 e, na máxima, R$ 3,2247.
Na semana, o dólar fechou praticamente estável, com leve queda de 0,01%, após três baixas semanais seguidas. O dólar futuro subia cerca de 1% no final da tarde.
"O investidor aproveitou os preços para comprar e se defender de eventual estresse na próxima semana", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado. Na véspera, o dólar fechou na casa de R$ 3,17, menor patamar desde 8 de novembro (R$ 3,1674).
Na próxima semana, o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, tomará posse e o mercado segue à procura de mais detalhes sobre como será seu governo.
Durante a campanha, Trump prometeu cortes de impostos e maiores investimentos, política que, se efetivada, obrigará o Federal Reserve, o banco central dos Estados Unidos, a ser mais enfático no seu processo de aperto monetário no país. Nesse cenário, os recursos aplicados em outros países, como o Brasil, tendem a migrar para os Estados Unidos.
Trump decepcionou o mercado nesta semana em sua primeira entrevista coletiva à imprensa, ao não dar mais detalhes sobre sua política.
Durante a tarde, o volume financeiro no pregão diminuiu um pouco, em razão do feriado de Martin Luther King Jr. nos EUA na segunda-feira, que deixará os mercados fechados, e fez com que muitos investidores estrangeiros encerrassem mais cedo suas operações. Assim, com menos negócios, a pressão sobre as cotações foi um pouco maior na segunda etapa.
Mais uma vez o Banco Central ficou de fora do mercado de câmbio. Ele não atua desde 13 de dezembro. A autoridade monetária ainda não deu nenhum sinal sobre a rolagem dos contratos de swap cambial tradicional — equivalente à venda futura de dólares — com vencimento em fevereiro, equivalente a US$ 6,431 bilhões.