Riquezas nacionais somam R$ 7,235 trilhões até o 3º trimestre de 2022
ADRIANA TOFFETTI/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO - 9.6.2022A retração da economia brasileira em setembro não impediu o crescimento de 0,4% do PIB nacional no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados publicados nesta segunda-feira (21) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços produzidos no país — até o terceiro trimestre de 2022, em valores correntes, foi de R$ 7,235 trilhões.
Na comparação interanual, o crescimento da economia no terceiro trimestre foi de 3,2%. Já na análise mensal, a economia se retraiu 0,4% em setembro, comparado a agosto, e cresceu 2,3% com relação a setembro de 2021.
Para Juliana Trece, coordenadora do Monitor do PIB, o leve crescimento do PIB nacional entre julho e setembro reflete o desempenho positivo da agropecuária, indústria e serviços e de todos os componentes da demanda. Ela, no entanto, alerta para a perda de força da economia.
“Observa-se que o recuo registrado em setembro é o segundo consecutivo da atividade econômica e sinaliza dificuldade de a economia manter o ritmo de crescimento registrado no início do ano. Não é surpresa que os juros em patamares elevados tenham se refletido em dificuldade para a economia”, afirma Juliana.
“Graças aos estímulos fiscais que ocorreram na economia ao longo do ano, o início do enfraquecimento econômico de certa forma demorou a chegar”, completa a pesquisadora, ao analisar a contenção da atividade desde o segundo trimestre de 2022.
Consumo das famílias foi impulsionado pelos serviços
Valter Campanato/Agência BrasilConforme o indicador, o consumo das famílias cresceu 5,6% no terceiro trimestre, impulsionado pelo consumo de serviços.
Desde o segundo trimestre o consumo de produtos não duráveis também tem apresentado relevância para o crescimento do consumo das famílias.
Destaca-se ainda a queda continuada do consumo dos produtos duráveis desde o terceiro trimestre de 2021.
Os números mostram ainda que a exportação de bens e serviços cresceu 6,3% no terceiro trimestre, avanço motivado por praticamente todos os segmentos, com destaque para as exportação de bens intermediários e dos serviços. O único segmento da exportação que se retraiu foi o da extração mineral (-0,9%).
Por outro lado, a importação de bens e serviços aumentou 7,4% entre os meses de junho e setembro. O desempenho positivo da importação de serviços, bens intermediários e bens de capital contribuiu para tal crescimento.