Educadores pedem cautela nas promoções
GABRIELA BILó/ESTADÃO CONTEÚDOEm momentos de crise econômica, como a que estamos vivendo com a pandemia do novo coronavírus, todo cuidado é pouco para não gastar demais e comprometer suas finanças.
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Um levantamento feito pela CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) apontou que o endividamento atingiu 67,5% das famílias brasileiras em agosto.
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Teresa Tayra, educadora financeira, afirma que "as promoções são ótimas oportunidades para quem já planejava comprar algo". Ela ressalta, porém, que só é para gastar se tiver condições
Outro educador financeiro, Ivan Sanches, diz que a maioria das pessoas tem o orçamento apertado, ou seja, o cobertor é curto.
Para ele, "se a pessoa se exceder em algum tipo de gasto, pode faltar em outro".
No entanto, diz o educador, após a compra de algo desnecessário vem aquele sentimento de culpa por comprometer o orçamento
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Confira algumas dicas elaboradas pelos educadores:
É importante estar atento aos "gatilhos" mentais que despertam o desejo de comprar algo que não precisa só por estar em promoção.
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"Anúncios como 'aproveite somente essa semana', 'último dia da oferta', '80% de desconto' às vezes são armadilhas e acionam nosso inconsciente a comprar", alerta Teresa.
Avalie se você realmente precisa comprar o item em promoção. Sanches sugere como escape que o consumidor vá para casa e pense sobre o produto para ver qual a sua necessidade para adquiri-lo.
"A pandemia nos mostrou que podemos viver bem com menos", comenta o educador.
Teresa orienta o consumidor que precisa do produto a não fechar o negócio antes de ver outras opções.
"Pesquise os preços em diversos sites antes de confirmar a compra", orienta a educadora
Priorize compras à vista, pois nesse formato é possível negociar ainda mais descontos.
Nunca, em hipótese alguma, empreste seu cartões de crédito a parentes, amigos e terceiros para aproveitar as promoções.
"São inúmeros os casos de pessoas se endividaram após emprestar seus cartões e tiveram de assumir um gasto que não era seu", diz Teresa.