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Elétrica gaúcha CEEE planeja 600 demissões e venda de ativos até final de 2017

Economia|

Por Luciano Costa

SÃO PAULO (Reuters) - A estatal de energia gaúcha CEEE aprovou um plano com medidas de ajuste a serem tomadas até o final de 2017 que deverão incluir cerca de 600 demissões, afirmou à Reuters nesta terça-feira o presidente da companhia, Paulo de Tarso.

O corte representaria quase 20 por cento do quadro de cerca de 3,7 mil funcionários do grupo, e somaria-se a 190 desligamentos já realizados recentemente pela elétrica, que passa por uma crise financeira após acumular anos de prejuízos.

O plano de ajuste incluirá ainda a venda de ativos, como imóveis e participações da empresa em usinas e linhas de transmissão, que deverão ajudar a companhia a levantar caixa, segundo o executivo.

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A Reuters publicou em fevereiro que a CEEE pretendia levantar 1 bilhão de reais até 2017 com a venda de imóveis e fatias em empreendimentos, mas segundo o presidente as diretrizes aprovadas pelo Conselho de Administração ainda não definem uma meta numérica para os desinvestimentos.

Ele disse que as primeiras estimativas são de que o plano exigirá a busca por um total de 2 bilhões a 4 bilhões de reais, entre reduções de despesas e geração de recursos para as empresas do grupo.

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Segundo informações do site da companhia, a CEEE-D, que atua em distribuição, acumula prejuízo de 1,6 bilhão de reais desde 2011. Já a CEEE-GT, de geração e transmissão, soma perdas de 387 milhões de reais no período, com prejuízo em três dos últimos cinco anos.

Apesar da longa crise, Tarso negou que o governo gaúcho pretenda privatizar a companhia de energia.

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"Não tenho uma posição de privatização por parte do controlador. Esse assunto tem sempre muita especulação... a presidência trabalha formalmente com uma posição de recuperação da companhia e é nisso que estamos focados", afirmou o executivo.

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DETALHES EM DEFINIÇÃO

A CEEE-GT possui duas hidrelétricas que somam cerca de 900 megawatts em potência e cerca de 6 mil quilômetros de linhas de transmissão de eletricidade, além de participações minoritárias em outras hidrelétricas e em parques eólicos.

Segundo Tarso, a empresa está em fase de contratação de uma avaliação sobre o valor desses empreendimentos que deverá também sugerir quais deles podem ser vendidos e a quais preços.

Uma avaliação semelhante em relação aos imóveis da companhia já está em andamento.

"Nossa intenção é implementar todas essas propostas até o final de 2017... agora, a gente depende do mercado... a gente sabe que prazos sempre podem ser objeto de alongamentos", afirmou Tarso.

Ele também disse que as demissões na companhia serão definidas em 2017, após a conclusão de estudos internos.

Mas os cortes deverão focar na CEEE-D, justamente por ser a empresa mais problemática do grupo.

A distribuidora também será foco de um programa de redução de perdas de energia que contará com 25 milhões de dólares obtidos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

O presidente da CEEE afirmou ainda que a área de distribuição do grupo já deverá apresentar melhoria nos resultados neste ano, após reduzir o número e duração das interrupções no serviço de distribuição.

"A CEEE está mostrando sua recuperação", afirmou.

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