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ENTREVISTA-Boeing adota estratégia para manter 777X no prazo após problema em motor

Economia|

Por Tim Hepher

SEATTLE, Estados Unidos (Reuters) - A Boeing está adotando medidas para reorganizar os testes do 777X para evitar que o modelo seja atingido por atrasos no motor, afirmou o executivo que comanda os esforços para a construção do maior avião a jato de dois motores no mundo em entrevista à Reuters.

A fornecedora do motor do avião, General Electric , começou testes de voo com o novo motor GE9X na terça-feira, depois de um atraso de três meses causado principalmente por um problema em seu compressor. Mas para colocar o desenvolvimento do motor de volta no cronograma, a empresa precisa fabricar um novo componente.

Durante esse tempo, a Boeing vai colocar dois motores temporários na primeira aeronave de teste que está gradualmente começando a tomar forma, começando pelas asas de fibra de carbono e agora a fuselagem, que a empresa afirma estar no prazo.

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Os motores, idênticos em todos os outros aspectos aos que de fato vão ser usados no serviço, serão trocados por novos equipados com o novo componente antes que o primeiro 777X faça o voo inaugural em 2019.

"Honestamente, quando isso aconteceu eu pensei que isso seria ruim, mas continuamos trabalhando e conseguimos ideias bem criativas para testar o que podemos e construir o que podemos", disse o vice-presidente e diretor-geral do programa 777X, Eric Lindblad, à Reuters.

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"Colocar os motores e depois retirá-los, tudo isso para proteger o cronograma", disse Lindblad.

"Estamos em um ponto no qual chegou o momento em que estamos acelerando a velocidade com a qual construímos as coisas aqui", disse Lindblad dentro da fábrica de 121 mil metros quadrados da companhia.

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O 777X tem como objetivo manter a Boeing no controle do mercado de "mini jumbos" que está sendo disputado pelo A350-1000, de 365 lugares, da Airbus . A Boeing vendeu mais de 300 aviões do modelo.

Até agora, a Boeing afirma que está dentro do prazo para cumprir a meta de entregar o primeiro 777-9, de 406 lugares, para a Emirates Airlines em 2020.

Embora o problema com o motor da GE marque o primeiro revés público da Boeing no desenvolvimento da aeronave, a empresa já está enfrentando outras dificuldades na construção das asas de carbono e outros componentes.

"Tudo é difícil neste momento em que você começa a montar o avião. Se você me perguntar como tem sido a montagem das asas, eu diria que tem sido duro", disse Lindblad.

Um dos problemas envolve a correta instalação dos painéis de carbono no esqueleto das asas, uma vez que a fibra de carbono, apesar de mais leve, aceita menos ajustes que o alumínio, tradicionalmente usado nos aviões.

"Acredito que a montagem das asas seja questão de incorporarmos o aprendizado. Eu estou otimista (sobre o motor)", disse o executivo.

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