O FMI (Fundo Monetário Internacional) voltou a cortar suas projeções de crescimento para a América Latina e o Caribe neste ano, dos 2,5% previstos em abril para 2%, como consequência do enfraquecimento de suas duas maiores economias, Brasil e México.
Para 2015, o Fundo também prevê um crescimento menor do que o esperado na região, ao diminuir seus cálculos de 3% para 2,6%, segundo a atualização de seu relatório "Perspectivas Econômicas Globais", divulgada nesta quinta-feira (24).
Em abril, o FMI já tinha rebaixado as previsões para a América Latina em 0,4% e 0,3%, respectivamente, devido a suas previsões de desaceleração das economias emergentes. O Brasil sofre um novo corte de suas previsões, que agora são de 1,3% em 2014 (contra 1,9% previsto em abril) e 2% em 2015 (em comparação com os 2,6% da última projeção).
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Como causas, o relatório cita que "as condições financeiras mais restritivas, o contínuo enfraquecimento da confiança das empresas e dos consumidores estão diminuindo os investimentos e moderando o crescimento do consumo".
O Fundo prevê para o México um crescimento em 2014 de 2,4%, contra os 3% calculados em abril, e deixa sem alterações os cálculos para 2015: 3,5%. Esta redução, segundo os técnicos do FMI, "se devem ao enfraquecimento do setor da construção e a recuperação mais lenta do que o previsto nos Estados Unidos".
Além disso, a região está afetada por uma demanda menor que o esperado por parte da China, um dos principais parceiros comerciais da região e cujo crescimento apresenta tendência de queda: 7,4% em 2014 e 7,1% em 2015.
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