O conserto do carro deveria ter sido feito há onze meses
Reprodução/InternetO orçamento do conserto do carro do ajudante geral Cleber Machado ficou em R$ 2.200. Metade do dinheiro deveria ser paga no ato e o restante quando o veículo estivesse pronto. Este acordo foi feito no ano passado, e a previsão de entrega era de 15 dias. O cliente fez a parte dele e pagou R$ 1.100.
A oficina Ponto Seguro fica no Jaçanã, na zona Norte de São Paulo, e é bem conhecida no bairro. "Na época, a dona se chamava Kátia e recebeu o dinheiro. Depois de um tempo, ela não estava mais na oficina e o novo dono não entregava o carro", disse Machado.
O Xerife do Consumidor, Jorge Wilson, do programa Balanço Geral, foi até a oficina ajudar o rapaz a resolver o problema. O carro estava na oficina há quase um ano. Chegando lá, o dono atual, que se chama Renan, foi embora sem nem dar uma explicação. O xerifão Wilson chamou a PM e fez um funcionário ligar para o dono exigindo que ele voltasse e resolvesse o problema.
Contrariado com a presença da polícia, o proprietário disse que teve um problema com a Justiça e passou alguns meses presos e quando foi solto reassumiu a direção do negócio. Enquanto estava fora de circulação, Cleber Machado trouxe o carro para o conserto. "Vim várias vezes e sempre me davam um prazo diferente, mas não cumpriram", disse Cleber Machado. "Não foi minha intenção deixar ele na mão. As pessoas que estavam antes de mim não assumiram a responsabilidade e sobrou para mim", disse o mecânico.
Segundo Jorge Wilson, o direito do cliente é garantido independentemente de quem está no comando da oficina. "Não é certo o Cleber ficar um ano com o dinheiro parado na oficina, sendo que o prazo era de 15 dias. O dono tem que colocar todas as peças no carro e deixá-lo do jeito que o cliente gostaria há um ano", disse.
A equipe da oficina propôs entregar o carro em perfeitas condições de uso em 80 dias. O prazo foi aceito pelo proprietário do veículo.