As despesas com habitação e saúde também contribuíram para o aumento do custo de vida na metropolitana de SP
Eduardo Enomoto/R7O custo de vida na região metropolitana de São Paulo teve alta de 0,36%, em novembro, na comparação com outubro, de acordo com o Índice de Custo de Vida. O indicador apontou acréscimo de 5,23%, nos preços médios em 2014, e aumento de 6,18% nos últimos 12 meses.
A pesquisa é realizada mensalmente pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) e mostra que o índice foi puxado principalmente pela elevação dos custos com alimentação e bebidas, que subiram 0,96%.
Os gastos com alimentação em casa subiram 1,34% em novembro na comparação com outubro. Já os gastos com alimentação fora da residência subiram 0,57% no comparativo mensal, e acumularam alta de 10,41% nos últimos 12 meses.
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As despesas com habitação e saúde também contribuíram para o aumento do custo de vida na metropolitana de SP, com elevação de 0,36% e de 0,46%, respectivamente. A soma dos três segmentos (alimentação/bebidas, habitação e saúde) representa pouco mais da metade de todo o custo de vida em São Paulo no mês.
Dos nove grupos de atividades que compõem o índice, somente artigos do lar encerrou o mês com variação negativa (-0,68%). Já os itens que apresentaram os menores aumentos foram educação, com alta de 0,04%, e transporte, com 0,07%.
Com relação às faixas de renda, a classe que mais sentiu o aumento do custo de vida foi a D (0,43%) – a maior alta entre todas as classes avaliadas – em razão da elevação do grupo alimentos e bebidas (1,05%), que representa 30% do orçamento das famílias. Já a classe B foi a que menos sentiu a alta dos preços (0,29%).
Varejo e serviços
A pesquisa analisa separadamente a alta de preços de produtos por meio do Índice de Preços do Varejo e de serviços por meio do Índice de Preços de Serviços. Os preços dos produtos subiram 0,40%, puxados pelo grupo alimentação e bebidas, com elevação de 1,23%.
Os destaques ficaram por conta do aumento dos preços dos itens: contrafilé (4,82%), batata inglesa (28,91%), tangerina (12,13%), cenoura (11,54%), pera (10,30%), cebola (5,59%) e mamão (4,63%).
De acordo com a assessoria econômica da FecomercioSP, a alta nos preços dos alimentos se deve principalmente à escassez hídrica – cenário que não deve ser revertido em um curto espaço de tempo.
No índice que avalia os preços dos serviços, o aumento em novembro foi de 0,31%, com destaque para habitação (0,47%), alimentos e bebidas (0,57%) e saúde e cuidados pessoais (0,70%). Entre os subgrupos, é importante pontuar o desempenho verificado em conserto de automóvel (4,51%), pintura de veículo (3,61%), cabeleireiro (3,16%), boate e danceteria (2,88%) e tratamento de animais (2,08%).
Metodologia
O Custo de Vida contempla as cinco faixas de renda familiar (A, B, C, D e E) para avaliar os pesos e os efeitos da alta de preços na região metropolitana de São Paulo em 247 itens de consumo.
As faixas de renda variam de acordo com os ganhos familiares: até R$ 976,58 (E); de R$ 976,59 a R$ 1.464,87 (D); de R$ 1.464,88 a R$ 7.324,33 (C); de R$ 7.324,34 a R$ 12.207,23 (B); e acima de R$ 12.207,24 (A).