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Gol segue cautelosa para 2017 vê necessidade de disciplina em capacidade do setor

Economia|

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) - A Gol vê leve aumento nos yields nas reservas para as férias do fim de ano, mas segue cautelosa quanto a uma tendência de melhora do indicador que mede preços de passagens para 2017, atrelando uma recuperação à disciplina de capacidade pelo setor, disse o presidente da companhia aérea, Paulo Kakinoff.

"Havendo disciplina de capacidade no setor como um todo, podemos dizer que há tendência clara de recuperação da indústria", afirmou Kakinoff após a divulgação do resultado do terceiro trimestre da empresa.

O executivo destacou que a Gol está observando melhoria das tarifas de novembro, dezembro e janeiro, mas reforçou que ainda é muito cedo para avaliar se haverá evolução do yield nos próximos trimestres, e que não se pode dizer que não haverá futura redução nos próximos trimestres.

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No terceiro trimestre, o valor médio pago por passageiro para voar um quilômetro subiu 1,5 por cento em relação ao mesmo período do ano passado, para 22,89 centavos de reais, ajudado pela redução dos assentos disponíveis para venda em 20,1 por cento, de acordo com o balanço divulgado mais cedo.

Nesse contexto, a companhia revisou projeção sobre a oferta de lugares em voos em 2016 e agora espera queda de 8 por cento em ante estimativa anterior de queda de 5 a 8 por cento. Ao mesmo tempo agora prevê margem operacional (Ebit) de 6 por cento, ante variação estimada anteriormente em 4 a 6 por cento.

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Por volta das 12:40, as ações preferenciais da Gol disparavam 11,9 por cento, a 7,81 reais, enquanto o índice de Small Caps, da qual fazem parte, subia 2,38 por cento.

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FROTA MENOR

A Gol seguirá reduzindo sua frota neste e no próximo ano, conforme vê um cenário macroeconômico ainda volátil, o que deve também ter um efeito benigno na sua dívida.

No final do terceiro trimestre, do total da frota de 135 aeronaves Boeing 737-NG, a Gol operava em suas rotas 116 aeronaves. Das 19 aeronaves remanescentes, 11 estavam em processo de devolução e 8 foram subarrendadas para outras companhias aéreas.

De acordo com o vice-presidente financeiro da Gol, Richard Freeman Lark Jr, outras duas aeronaves deverão entrar no processo de devolução nos últimos três meses deste ano o que fará a empresa encerrar 2016 com 122 aviões. E em 2017 haverá ainda a devolução de outras cinco aeronaves, acrescentou.

Tais devoluções programadas implicam uma redução de 1,5 bilhão de reais a 1,6 bilhão de reais na dívida da Gol, de acordo com o executivo. Isso deve fazer com que o indicador de alavancagem, relação entre dívida total ajustada e Ebitdar, fique entre 5 e 6 vezes. No terceiro trimestre, ficou em 7,2 vezes.

Em meio aos ajustes na oferta, a expectativa para a taxa de ocupação em 2016 é de ligeiro acréscimo, para 78 por cento em 2016.

Na visão de Kakinoff, a Gol está adequada ao tamanho do mercado, após três anos de crise da economia.

Executivos da Gol também destacaram o efeito da disciplina de custos no resultado operacional do terceiro trimestre, quando o lucro antes de juros e impostos (Ebit) somou 232,6 milhões de reais, com margem positiva de 9,7 por cento, alta de 9,3 pontos percentuais contra o mesmo período de 2015.

As despesas e custos operacionais totalizaram 2,17 bilhões de reais nos três meses até setembro, queda de 12,6 por cento frente ao ano anterior.

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