Logo R7.com
Logo do PlayPlus
Publicidade

Governo central tem pior resultado primário para junho, com déficit de R$8,206 bi

Economia|

BRASÍLIA (Reuters) - O governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência Social) registrou déficit primário de 8,206 bilhões de reais em junho, pior resultado para esse mês, abatido pela fraca arrecadação em meio ao cenário econômico e político conturbado.

Com isso, no acumulado do primeiro semestre, a economia feita para pagamento de juros fechou negativa em 1,598 bilhão de reais, informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira, primeiro déficit neste período desde o início da série histórica, em 1997.

"O quadro é claro: o ciclo econômico tem afetado a arrecadação", disse o secretário do Tesouro, Marcelo Saintive.

Com forte queda na arrecadação e gastos em nível elevado, o governo anunciou na semana passada redução drástica da meta de superávit primário do setor público consolidado --governo central, Estados, municípios e estatais-- a 0,15 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e incluiu uma cláusula que permite abatimentos.

Publicidade

Na ocasião, anunciou também corte adicional de gastos de 8,6 bilhões de reais, ampliando para 78,6 bilhões de reais o bloqueio de verbas do orçamento federal no ano para reforço do ajuste fiscal.

No mês passado, a arrecadação federal teve queda real de 2,44 por cento, fechando a primeira metade de 2015 com recuo real de 2,9 por cento em consequência do fraco nível de atividade.

Publicidade

Em junho, o Tesouro registrou déficit primário de 1,915 bilhão de reais, enquanto a Previdência Social e o Banco Central apresentaram saldos negativos de 6,267 bilhões de reais e de 23,9 milhões de reais, respectivamente.

Ainda segundo o Tesouro, as receitas líquidas somaram 81,138 bilhões de reais em junho, com alta de 3,4 por cento em relação a junho de 2014, mas com queda real (descontada a inflação) de 5 por cento.

Publicidade

Já as despesas avançaram num ritmo bem maior, ficando em 89,343 bilhões de reais em junho, alta de 11,1 por cento sobre um ano antes, e com alta real de 2,1 por cento no período.

Nesta semana, a agência de classificação de risco Standard & Poor's sinalizou que pode tirar o selo de bom pagador do Brasil, em meio ao cenário fiscal e político conturbado, abalado pelas denúncias de corrupção dentro da operação Lava Jato.

(Por Luciana Otoni)

Últimas

Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.