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Governo decide manter desligadas as termelétricas mais caras

Ministério diz que segurança do sistema elétrico 'está garantida' no País

Economia|

Órgão faz reuniões semanais para avaliar abastecimento de energia no País
Órgão faz reuniões semanais para avaliar abastecimento de energia no País Órgão faz reuniões semanais para avaliar abastecimento de energia no País

Apesar da persistência da seca, o governo decidiu manter desligadas as usinas termelétricas mais caras do País, cujo custo está acima do CMO (custo marginal de operação) — sigla que expressa o valor de adicionar cada megawatt (MW) ao sistema.

No jargão do setor elétrico, isso significa que o governo não aprovou o despacho fora da ordem de mérito. A informação consta da nota divulgada nesta quarta-feira (1º) pelo CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), órgão presidido pelo Ministério de Minas e Energia (MME).

"A segurança do suprimento eletroenergético está garantida em todo o território nacional", reiterou o CMSE, ressaltando que a previsão é de "manutenção do elevado custo associado à geração".

O órgão tem realizado reuniões semanais para avaliar as condições de abastecimento de energia no País. A próxima está marcada para o dia 9 de novembro.

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Ainda na nota, o CMSE informou que risco de faltar energia no ano que vem é de 2,8% nas regiões Sudeste e Centro/Oeste e de 0 1% no Nordeste.

O governo voltou a destacar a adoção de medidas para elevar a segurança do sistema, como importação de energia da Argentina, fornecimento de combustível para térmicas disponíveis e sem contratos e a flexibilização de restrições de algumas hidrelétricas para preservar água nas cabeceiras das bacias dos rios Grande e Paranaíba.

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Para os próximos sete dias, de acordo com a nota, a previsão é de chuvas mais volumosas na maior parte do Sudeste, Centro-Oeste no centro-sul da Região Norte e no oeste da Região Nordeste.

O começo do período úmido, quando as chuvas deverão ser mais intensas e próximas da média histórica, deve ocorrer ao longo deste mês, em um prazo estimado entre 15 e 30 dias.

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Em outubro, as chuvas ficaram abaixo da média histórica em todas as regiões. No Sul, ficaram em 79% da média histórica; no Sudeste/Centro-Oeste, ficaram em 66%; no Norte, em 46%; e no Nordeste, 21%.

Com isso, o nível dos reservatórios no fim do mês passado atingiu 47,3% no Sul, 21,2% no Norte, 17,7% no Sudeste/Centro-Oeste e 6% no Nordeste.

A previsão para o fim de novembro é que o nível dos reservatórios atinja 48,7% de sua capacidade no Sul, 15,5% no Norte, 14,8% no Sudeste/Centro-Oeste e 3,6% no Nordeste.

No mês passado, 1.196,4 megawatts (MW) de energia foram adicionados ao sistema elétrico, além de 92 quilômetros de linhas de extensão. De janeiro a outubro, a energia adicionada soma 5.917,8 mil MW, além de 1.881 km de linhas de transmissão.

O principal destaque foi a entrada em operação comercial da sétima unidade geradora da usina de Belo Monte, que adicionou 611,11 MW ao sistema. A hidrelétrica já atingiu potência de 4.510,9 MW.

Nordeste

Com a continuidade da seca na região Nordeste, as usinas hidrelétricas de Xingó e Sobradinho reduziram a vazão a metros cúbicos por segundo.

Para Três Marias, a defluência foi reduzida a 248 metros cúbicos por segundo, "a fim de assegurar o atendimento aos usos múltiplos da água no trecho entre esta usina e o reservatório de Sobradinho".

A expectativa é que os reservatórios atinjam 7% em Três Marias e 0,6% em Sobradinho no fim deste mês.

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