A região metropolitana de São Paulo ganhou 13 mil desempregados na passagem de maio para junho e agora possui 1,99 milhão de pessoas sem trabalho. Os dados constam da PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego), divulgados nesta quarta-feira (27) pela Fundação Seade e pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).
No Brasil, são 11,4 milhões de desempregados, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) em junho.
A pesquisa indicou que o crescimento do número de desempregados de um mês para o outro se deveu ao "crescimento insuficiente do nível de ocupação (geração de 64 mil postos de trabalho, ou 0,7%) para absorver o aumento da População Economicamente Ativa – PEA (77 mil pessoas ingressaram no mercado de trabalho da região, ou 0,7%)".
A taxa de desemprego ficou em 17,6% — o que significa dizer que, praticamente, um em cada cinco moradores da Região Metropolitana de São Paulo está sem trabalho. Em junho de 2015, a mesma taxa de desemprego estava em 13,2%, conforme os dados da pesquisa, feita pela Fundação Seade e do Dieese.
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O saldo de 64 mil vagas geradas em junho na região metropolitana se deveu à criação de 121 mil postos no setor de serviços e ao fechamento de 44 mil empregos no "comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas" e de 6.000 na construção civil.
Considerando os últimos 12 meses, ou seja, entre julho de 2015 e junho deste ano, a Grande São Paulo registrou um aumento de 523 mil desempregados. Isso se deveu à eliminação de 325 mil postos de trabalho e à entrada de 198 mil pessoas no mercado neste período.
Rendimento médio mensal
Os trabalhadores ocupados na região metropolitana de São Paulo ganharam, em média, R$ 1.961 de salário em maio, uma estabilidade, segundo o Dieese/Seade, em relação a abril, quando foi de R$ 1.952. Já os assalariados tiveram salário médio de R$ 2.018 em maio — mesmo patamar de abril.