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Home office: habilidades pessoais valem muito em trabalho remoto

Renato Carvalho, um dos iniciadores do Officeless, deu dicas sobre como implementar a cultura de trabalho remoto nas empresas, em evento da Catho

Economia|Mariana Ghirello, do R7

Renato Carvalho é um dos iniciadores do movimento officeless
Renato Carvalho é um dos iniciadores do movimento officeless Renato Carvalho é um dos iniciadores do movimento officeless

As empresas não tiveram escolha, precisaram ser rápidas e colocar todos os funcionários para trabalhar em casa. Nem todas tinham a cultura do trabalho remoto na rotina, mas, aos poucos, estão se adaptando. O design Renato Carvalho, um dos iniciadores do movimento officeless (sem escritório), contou como é possível trabalhar com toda a equipe remotamente.

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Ele falou durante o Worktalks, promovido pela Catho, que irá apresentar todas as segundas-feiras de maio um tema sobre os desafios do trabalho na atualidade. Renato de Carvalho apresentou o painel "Oportunidades e desafios: o mercado de trabalho agora".

Para o design, o home office é um parceiro antigo e hoje a principal forma de trabalhar, já que sua empresa não possui escritório. "Há 12 anos eu tive meu primeiro contato com o trabalho remoto. Estava planejando ir para a Austrália, aprender inglês e fui encontrado por uma empresa norte-americana neste regime a distância", conta.

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Como ele mesmo descreve, foi a "união perfeita". Morando em um país, trabalhando para outro, e em casa. No começo, ele conta que foi complicado conciliar a rotina porque o espaço era pequeno. Mas o gostinho da flexibilidade ficou.

Em seguida, o profissional voltou ao Brasil e abriu a própria empresa de design. "Quando montamos não iamos nos prender a um escritório porque sabiamos que poderiamos encontrar talentos em todo o Brasil", destaca. 

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Desafios do home office

Renato Carvalho explica que a crise gerada pela pandemia afetou os negócios. Ele conta que chegou a perder clientes, mas que outras empresas precisaram se renovar e trouxeram novas oportunidades. E uma dessas transformações foi justamente se adaptar ao trabalho remoto.

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Carvalho explica que um dos maiores problemas está na liderança. "Se a liderança antes do trabalho remoto não era conduzida de forma digital, dificilmente ela conseguirá no home office", destaca. Para isso, ele sugere que a equipe utilize ferramentas e construa processos.

Para o iniciador do movimento "sem escritório" é necessário desmistifcar o trabalho remoto. "As vezes, ele pode funcionar melhor, com o apoio de ferramentas e processos, mas existem funções que já começam a ficar mais difícil de imaginar a distância", analisa.

Um bom teste é analisar se em sua profissão é possível realizar ao menos metade das tarefas online. "Então, provavelmente você pode fazer tudo online". Até mesmo carreiras como as de médico, enfermeira, arquiteto, advogado estão inovando na atuação, conforme conta o design.

"Pegando conhecimentos, habilidades e transformando isso em outro negócio digital. Minha esposa é enfermeira e ela está criando uma consultoria online para ajudar enfermeiras que estão passando por um nível de estresse muito grande agora na pandemia", relata.

Trabalho remoto pode funcionar até melhor que o presencial com ferramentas adequadas
Trabalho remoto pode funcionar até melhor que o presencial com ferramentas adequadas Trabalho remoto pode funcionar até melhor que o presencial com ferramentas adequadas

Já as empresas que querem testar o home office podem alternar o trabalho remoto com o trabalho presencial. "Algumas vão para o escritório porque precisam, enquanto outras podem trabalhar de outros lugares, mas é importante criar uma cultura de dar a opção", aponta.

Outro problema do trabalho remoto que merece atenção dos líderes é evitar o sentimento de desconexão que alguns colaboradores podem viver. "Não pode apenas tomar uma decisão e fazer uma comunicação com quem está no home office, porque ela começa a pensar que ela não pertence ao grupo e ela pode sentir vontade de sair", alerta.

Candidato ideal

Renato Carvalho também comentou sobre quais requisitos um candidato que está procurando trabalho neste momento deve ter. Para ele, uma boa comunicação é essencial para os novos postos de trabalho, principalmente, os remotos.

"É muito comum o candidato enviar um email com o currículo em anexo ou com uma carta de apresentação padrão. Mas é muito mais rico quando ele se apresenta com as próprias palavras, demonstra que conhece a história da empresa, e explica porque ele gostaria de atuar nesta empresa", reforça.

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O palestrante afirma que um dos fatores essesnciais para o trabalho remoto funcionar bem é uma comunicação escrita boa, clara, objetiva e humana. Ele explica que é constante a troca de emails, já que eventualmente, as equipes podem trabalhar em fusos diferentes.

Outro tipo de comunicação muito importante no trabalho remoto é a assincrona. "A comunicação se torna uma coisa importantíssima, porque não é tudo instantâneo mais. E ela tem essa importância de passar o contexto para o time", destaca. 

Por fim, Carvalho aprender a trabalhar remotamente é um desafio. "Quando se trabalha em home office, existe uma liberdade maior, só que ela vem acompanhada de responsabilidades. E a gente não aprendeu isso na escola, nem no trabalho", pondera.

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